Dia 13 de agosto é o dia do economista. Sempre foi um dia de alegria e festa pra mim, mas em 2005 esse dia foi de tristeza. Estava dando uma entrevista coletiva quando um jornalista me deu a notícia do falecimento do grande brasileiro Miguel Arraes. Não consegui segurar o choro. Ele foi um conselheiro, um amigo, sempre solidário conosco, com lições da história do Brasil desde século passado e que ele viveu na carne. Hoje ele faz muita falta na crise que o Brasil vive. A sua perda foi muito dura, mas diante da sua idade avançada, 88 anos, todos terminamos nos conformando que era a ordem natural da vida.
Em 2014, no mesmo dia, logo cedo as televisões começaram a divulgar que um avião havia caído na baixada santista. E nele estava Eduardo Campos, neto de Arraes, meu amigo e irmão, 49 anos de idade, em plena atividade política e candidato a presidente da República. Junto com ele os dois pilotos, assessores, tendo a frente o seu fiel escudeiro e meu amigo, também, Pedro Valadares. Foi uma pancada muito forte em todos nós. Sofri muito e ainda não consegui fazer a travessia da tristeza para a saudade dos bons momentos de nossas caminhadas Brasil afora.
Eduardo Campos, se vivo fosse, seria o nome que as pessoas hoje procuram e não encontram dentre os candidatos a presidente. Hábil, determinado e com foco seria um grande presidente.
Desde daquele fatídico 13 de agosto que este dia é um misto de alegria das coisas boas que a profissão de economista me proporcionou e que pude compartilhar com todos, de saudade do Dr. Arraes e de uma profunda tristeza pela perda do Eduardo Campos.
Que eles estejam na paz do Senhor.