Coisas importantes aconteceram na minha vida nessa semana. Fatos que me fizeram refletir sobre a grandeza da missão que tenho como homem público e as renúncias necessárias para que eu não desvie do caminho.
Fui aconselhado por amigos verdadeiros, bebi na fonte da Bíblia e reli textos que eu mesmo escrevi, buscando respostas para as mudanças presentes.
Provocado por Tenório Telles, li Eclesiastes: “Tudo é vaidade – 2. Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade. 3. Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com o que se afadiga debaixo do sol?”.
A reflexão bíblica provoca a alma. Fora o bem que podemos fazer, fora a luta pela justiça, fora o cuidar das pessoas, todo o resto é vaidade de vaidades!
Dar sentido pra vida é ter clareza do seu caminho e não desviar. É saber renunciar. É manter viva a esperança de que é possível construir um mundo melhor e lutar por ele.
Há pessoas que escolheram permitir que o mundo continue como está – tomado pelo crime, pela corrupção e pela violência. Pessoas que escolheram viver de vaidades. Com a sua omissão permitem que o mal se perpetue.
Num texto, quando da morte de policiais federais em combate contra traficantes, escrevi: “É muito cômodo fazer-se honesto e indignado com as maldades do mundo de hoje (…) e agir assim sem incomodar, sem enfrentar verdadeiramente o que se combate, sem fustigar o inimigo, sem se expor ao contra-ataque. É muito cômodo esperar que outros ajam, que outros se exponham, que outros morram. É muito cômodo ver o lutador encurralado e orgulhar-se por ele ter a coragem que você não tem ou até criticá-lo diante da primeira ofensiva do inimigo”.
Escolhi uma vida de coragem, uma vida fora da zona de conforto. Quando fizer o balanço de tudo com que me afadiguei debaixo do sol, não quero que lembrem dos bens que amealhei ou dos palácios que frenquentei. Quero que lembrem do bem que fiz, da coragem que tive e das esperanças que despertei. Todo o resto é vaidade das vaidades.