Quando nasci, a liberdade, como forma de expressão e modelo de vida, já havia sido instalada e, conta a história, que foi conquistada a duras penas. Houve guerra e, no mundo inteiro, muita gente morreu em combate. Povos e nações queriam conquistar seu espaço dentro do universo.
Aqui no Brasil a coisa aconteceu assim: houve um tempo em que tentaram acabrunhar nosso espaço. Os militares tomaram o poder e disseram que eram eles que mandavam no pedaço. A ditadura feriu e maltratou homens e mulheres que hoje são os nossos pais e avós, os nossos governantes e líderes.
Mas, bravamente, eles lutaram e garantiram a nossa liberdade, transformaram o modelo ditatorial vigente em estado democrático de direito. Em outras palavras, deram soberania ao povo.
Nesse sentido – quer queiram ou não – o Congresso Nacional é parte da história nessa conquista. Foi no Parlamento brasileiro que grandes embates e acaloradas lutas aconteceram. É nessa instituição que o povo brasileiro se sente representado.
Por aqui passaram os melhores quadros da política brasileira e, certamente, passarão outros tantos. Este Parlamento é transitório. Não existe o profissional político, existe, sim, a representação política. É isso o que ora fazemos em Brasília.
Assim é o Parlamento: a Casa onde as diferenças afloram, onde minorias e maiorias estão representadas pelas mais diversas figuras humanas. É nesta Casa que convivo diariamente com pessoas sérias e honestas. Mas não sou utópico de imaginar que é tão somente a Casa dos bons. O Congresso Nacional é a melhor fotografia da sociedade. Portanto, nele também encontramos pessoas que não tem o menor compromisso, seja com a coletividade, seja com o bem público.
Nesse quadro, faço o meu protesto às declarações do senador Cristovam Buarque, um homem sério e decente, que foi à tribuna sagrada do Parlamento para fazer a proposta indecorosa de um plebiscito para fechar o Congresso Nacional. A proposta é infeliz e tola, mas na boca de Cristovam se torna pior. Um homem da envergadura do professor Cristovam, com a biografia que possui, não poderia jamais ter se prestado a um papel torpe e vil como esse.
Se tal plebiscito fosse realizado, a lógica é que o povo optasse por fechar o Congresso Nacional, pois o que tem chegado a ele, através dos meios de comunicação, é uma visão distorcida de que aqui só existem os maus. No entanto, tanto eu quanto o senador Cristovam, sabemos que aqui existem pessoas de bem e que – sem medo de errar no que digo – são a maioria. E mais que isso: essa fase da história já foi ultrapassada. Como existir democracia sem Parlamento?
Ao fazer essa proposta, o senador serve a interesses contrários a tudo o que ele sempre defendeu. Por certo, o mestre Cristovam Buarque perdeu uma ótima oportunidade para ficar calado.
Marcelo Serafim é deputado federal pelo PSB do Amazonas.
Quem sabe o ilustre senador não terá feito uma ironia? Quem sabe sua intenção não foi a de chamar os próprios colegas a refletir sobre o papel que o Congresso tem desemepenhado desde há bastante tempo? Quem sabe ele não procurou sublinhar quão limitada é nosssa democracia?
Pode-se discordar do senador se se toma o que disse ao pé da letra. Mas quando se pensa em suas palavras como provocações que levam a refletir sobre a hipertrofia do Executivo, talvez seja possível compreender – e mesmo aceitar – a figura de linguagem que usou.
Essa conversa de reforma não resolve e em ameniza os mal-tratos e as perversidades contra o erário constituído sob o suor do trabalhador…
As pessoas é que têm que mudar, pois são elas que personalizam as instituições: “O poder não muda as pessoas, ele as revela”. (Frei Beto
E elas não mudam porque a impunidade é generalizada neste país. Cana, cadeia, para quem tira indevidamente dinheiro do erário, só assim, nós contribuintes nos livraríamos de gente inescrupulosas… Há pessoas que entram para a vida pública (para a política)pobre e se tornam ricas. Como pode se o servidor é assalariado e não pode ganhar mais do que 23 mil reais? Façam-se as contas com os descontos em folha, despesas pra constatar que é estranha essa ascenção – às vezes – rápida.
Quem conhece a biografia do Sen. Cristovam Buarque entendeu muito bem o que ele quis dizer: Usou de ironia para deixar mais do que clara sua insatisfação e decepção com seus próprios pares.
É muito óbvio que o Sen. não estava fazendo uma “proposta indecente”! O que ele fez, na verdade, foi um protesto.
Para os brasileiros comuns, seria algo como a piada de jogar bomba em Brasília.
Sabemos que existe alguns que se salvam no meio desse lamaçal, o problema é que estes poucos não mandam e não decidem nada em nosso país.
Quanta decepção, sera que o prof.Cristovão Buarque surtou? Eu que sempre o admirei pela sua defesa a democracia, sinto-me tonta de ter que acreditar que aquilo era so uma casca para nos enganar.Pior de tudo é aos interesses a que ele agora esta servindo.Ele esta querendo transformar o nosso Brasil numa Venezuela?
Marcelo Serafim fique atento, voce é nosso guardião.
O Deputado tem e-mail pra que os cidadãos possam reclamar, sugerir, opinar?
Meu nobre deputado:
o povo brasileiro entendeu muito bem a provocação e o recado que o Senador Cristovão Buarque quis, e deu, ao parlamento.
Com carinho e delicadeza, peço-lhe que antes de atrever-se a mandar calar a maior voz da atual República, recolha-se ao cueiro e pense muito antes de pronunciar-se.
Vc perdeu uma ótima oportunidade de economizar tinta.
O Senador Cristovão afirmou que falou com ironia, apelando à reflexão dos colegas. Mas, definitivamente, como homem público, devia ter deixado isso claro no momento da declaração. Como não o fez, acredito mesmo que tentou mesmo foi provocar revolta e escândalo. Essa é uma prática antiga daqueles que adoram o poder; mas, quando se sentem longe dele, fazem algo para chamar atenção. Deve ser trauma de ex-ministro despedido por telefone pelo seu querido presidente.
Como rapaz novo que é, o deputado deveria refletir e ler mais sobre os acontecimentos do regime militar. A revolução tratou de exterminar a ameaça da ditadura que as esquerdas queriam implantar no país. Ocorreram excessos? Sim. Pessoas tiveram seus direitos tolidos? Claro. E isso é lamentável e injustificável; mas antes eles que os malfadados comunistas.
Reflita: teriam os governos comunistas, caso tivessem conquistado o poder após o governo do mediocre Jango, feito pelo Amanzonas o que o governo militar fez: Siderama (salvo engano), Frigomasa, Aeroporto Eduardo Gomes, atuação do Cel. Teixeira e a nossa Zona Franca de Manaus? Duvido. Com a mediocridade própria das ditaduras socialistas, teriam fechado o país, cerceados os investimentos externos e continuaríamos sendo um porto de lenha!
Outra coisa: esse negócio de perseguição e luta pela liberdade (como se um regime socialista fosse o paraíso e a redenção do pais!) é conversa fiada! Quem queria cuidar da vida, trabalhar e cuidar dos filhos, conseguiu ir em frente sem atropê-los. Era só ter a consciência de que um mal maior estava sendo combatido e nome da democracia, que a vinte anos foi reimplantada no país. Agora, quem queria ir para o confronto, teve o que mereceu!
P.S.: O congresso está descolado dos brasileiros! Está desmoralizado! Um exemplo é esse: quando um membro defende um lado (o mais conveniente para sí) da História!
Prezados leitores,
O parlamento tem seus defeitos e mazelas, mas na nossa democracia é praticamente inaceitável fazermos “brincadeirinhas” como essa. Após o grande estardalhaço que as declarações do Senador causaram ele tentou se justificar. Em minha opinião, não cabe justificativa para o que foi dito, mas respeito à opinião de todos os leitores. Concordo quando dizem que os políticos ladrões devem ir para cadeia assim como todo e qualquer infrator das leis deve ir.
O meu email de contato é: marcelocserafim@hotmail.com
Um abraço,
Marcelo Serafim
marcelocserafim@hotmail.com
COM TODO RESPEITO AO ILUSTRE SENADOR CRISTOVAM BUARQUE, OUVIR ESSA PROPOSTA, PARA QUEM ACOMPANHOU OS HORRORES DA DITADURA MILITAR, SOA COMO UMA MARCHA FÚNEBRE.
O CONGRESSO E A DEMOCRACIA, POR PIOR QUE SEJAM REPRESENTAM A LIBERDADE.