Na primeira metade dos anos 50, Maria Yole Magalhães Diniz e Gilberto Mestrinho foram aprovados em concurso público nacional para a Alfândega de Manaus e Diretoria de Rendas Internas ( Fiscal de Consumo), respectivamente. Hoje esses dois órgãos não existem mais e foram sucedidos pela Receita Federal do Brasil.
Gilberto e Yole organizaram, por assim dizer, um cursinho que funcionava à noite e nos finais de semana e preparava candidatos para concursos do Banco do Brasil (o mais almejado emprego daquela época) e órgãos federais. Muitas pessoas foram aprovadas nos concursos daquele tempo preparadas por eles.
Manaus era uma cidade com todas as dificuldades que vocês possam imaginar, mas os seus candidatos eram aprovados.
Nos anos 70, no concurso que eu fiz para a Receita Federal foram aprovados 10 candidatos em 400 vagas, inclusive a Silvia Diniz que ficou em 5º lugar a nível nacional.
Hoje o que vemos é o reduzido número de aprovados de nossa cidade em concursos federais, sendo que em relação à Receita Federal e Procuradoria da Fazenda Nacional já existiram concursos em que não foi aprovado um único candidato.
Isso nos remete a uma constatação óbvia: tem alguma coisa de errado. Nesse campo, andamos para trás. Hoje com uma Universidade Federal, uma Estadual e inúmeras particulares alcançarmos esses pífios resultados nos leva a questionar o porquê disso.
O último resultado do Exame de Ordem, com todas as ressalvas que se faça ao nível exigido, mostra que o nosso ensino vai muito mal e precisa todo ele ser repensado, pois os resultados são muito ruins. Não se está aqui propondo buscar culpados, mas sim buscar caminhos e soluções para a melhoria do ensino, sob pena de cada vez mais estarmos enganando a nós mesmos.
Esse assunto merece uma reflexão de todos que têm responsabilidade pelo futuro desta terra.
Para finalizar, publico abaixo o quadro de inscritos, aprovados e o percentual de aprovação do último exame da OAB e sugiro uma reflexão sobre o assunto:
SERAFIM,
DE DIREITO ENTENDO MUITO POUCO,MAS ESSA DISCUSSÃO É BOA.É PRECISO TER UMA PROFUNDA ANÁLISE SOBRE ISSO. ESTOU EM PORTO ALEGRE E ONTEM OUVI NA RÁDIO UM DEBATE SOBRE O EXAME DA ORDEM (OAB. TINHA DE TUDO UM POUCO: ESTUDANTE, ADVOGADO, PRESIDENTE DA ORDEM, EX-REITOR E UM PRPOCURADOR DA REPÚBLICA. NÃO ENTENDI NADA. O PROCURADOR DEFENDIA O FIM DO EXAME, UM ADVOGADO DIZIA QUE TINHA PEGADINHA,O PRESIDENTE DA ORDEM DIZIA QUE NÃO TINHA PEGADINHA, MAS ERA UMA PROVA INTELIGENTE. O PROCURADOR DISSE QUE O EXAME É INCONSTITUCIONAL, E DESAFIANDO O PRESIDENTE DA ORDEM DIZIA: “AQUI EM MINHAS MÃOS ESTÁ A CONSTITUIÇÃO. ME PROVA QUE É CONSTITUCIONAL (O EXAME) QUE TE (TCHÊ)PROVO QUE É INCONSTITUCIONAL. ENTÃO PARECE QUE ESSE DEBATE É NACIONAL. HOUVE QUEM DISSESSE QUE QUANTO MAIS REPROVAÇÕES ERA MELHOR $$$$ PARA A OAB.
Fácil, fácil e fácil a coisa:
1- Todos os dirigentes falam de EDUCAÇÃO e nenhum, desde que eu nasci, fez um IEA, Colégio Estadual, Escola Técnica e encheu- de professores que sabem ler e escrever.
2- As escolas do interior desabaram ou não foram construídas com as verbas que, tambem, não foram aplicadas.
3- Materiais como o Boto e a Dona Yole dairam de linha há algum tempo.
4- TEM ALGUMA COISA ERRADA… claro que sim.
Caro Serafim,
Trabalho no SERPRO e a empresa passou por este constrangimento em relação a Manaus no ano passado. O SERPRO estava com intenção de elevar o nível de atuação em Manaus e passara ter um polo de desenvolvimento de software instalado na nossa capital, infelizmente no concurso publico realizado com o intuito de contratar 40 analistas de sistemas para montar a equipe do polo de desenvolvimento, não houve sequer uma aprovação.
Quando eu (amazonense e manauara) fiz o concurso para entrar nesta empresa em 1997 tivemos varios aprovados em Manaus no entanto parece que hoje em dia os alunos formados pelas universidades amazonenses não estão no mesmo nivel dos de alguns anos atrás.
Tem uma explicação Serafim, chama-se MERCANTILISMO ou seja TUDO POR DINHEIRO e que se lixe a sociedade e a qualidade dos cursos. Para as inúmeras faculdades particulares existentes em Manaus, e creio que no Brasil todo, o que importa é preencher todas as vagas existentes, o que significa mais grana para seus proprietários, e para facilitar a entrada e o preenchimento das vagas disponíveis, elas não fazem a seleção que deveriam fazer, com isso, todo vestibulando entra faz o curso e ao final se forma sem o preparo devido. Como resultado vemos o minúsculo índice percentual de aprovados para exames da OAB/Am que a tabela mostra,e note-se a UFAM e UEA tem os maiores índices de aprovação. Não quero com isso dizer que todos que entram não tem condições de fazer um curso superior, existem as exceções como é o seu caso, que sei ser uma pessoa altamente preparada, mas a grande maioria não é.
Como exemplo, na época que fiz vestibular para o curso de Direito,só existia a UA, hoje UFAM e a disputa pelo ínfimo número de vagas exigia que para passar, o vestibulando tinha que ter pelo menos algum preparo sobre pelo menos Portugués, Geografia, História e uma língua, por que se não, com certeza não entraria. Em 1994, quando fiz vestibular o curso de Direito tinha 45 vagas para o diurno e 45 para o noturno, e para ambos a disputa era de 40 candidatos disputando uma vaga, ou seja ERAM 1690 vestibulandos disputando para entrar, MORAL DA HISTÓRIA, só entrava quem já estava bem preparado e isso não acontece com as particulares.
Como diz o BÓRIS CASOY isso é UMA VERGONHA.
falta de educação em todos os níveis;
control C e control V (nivel superior);
Mandar alguém fazer o seu trabalho(pagando até R$ 700,00 por um trabalho academico;
resultado do profissional!!!!!!!!
Daniel da Costa Silva