Tarifas de trem, metrô e ônibus de SP subirão para R$ 3,20

Da FOLHA.COM, por VERA MAGALHÃES, EDITORA DO PAINEL, ANDRÉIA SADI e FÁBIO ZAMBELI:

A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado enviam nesta quarta-feira, respectivamente para a Câmara Municipal e a Assembleia Legislativa, comunicado com o valor das novas tarifas dos ônibus municipais, do Metrô e dos trens da CPTM, que serão de R$ 3,20.

O reajuste será de 6,7%. No caso do ônibus, cujo valor da passagem não é corrigido desde janeiro de 2011, o valor ficará bem abaixo da inflação acumulada no período, de 14,8%.

Se optassem por repor toda a inflação, os governos teriam de elevar as tarifas para R$ 3,44, mas foi levado em conta o ônus político do reajuste e optaram por uma tarifa menor.

Da mesma forma, os governos combinaram o anúncio simultâneo dos preços das passagens, e fixar as tarifas no mesmo valor. O novo tarifário do transporte urbano entra em vigor em 1º de junho.

Os dois governos ainda discutem detalhes da recomposição tarifária. Ainda não foi batido o martelo, mas a integração entre mais de um modal por meio do Bilhete Único deve passar dos atuais R$ 1,65 para R$ 1,80.

EVOLUÇÃO DA TARIFA

A tarifa de ônibus da capital é a mesma desde 5 de janeiro de 2011, quando a gestão Gilberto Kassab (PSD) subiu a passagem para R$ 3. O aumento concedido na época foi de 11,11%, bem maior que a inflação do período, de 6,03%.

Como não houve aumento no ano passado, o subsídio às empresas de ônibus foi recorde no ano passado já que o valor da passagem não cobriu todos os custos das viações.

Em 2012, a prefeitura chegou a desembolsar R$ 961 milhões com subsídios. A proposta de Orçamento enviada pela gestão Kassab à Câmara prevê R$ 660 milhões neste ano, o que aponta a necessidade de reajuste da tarifa.

O último aumento da passagem em São Paulo foi em janeiro de 2011. Haddad já pretendia reajustar o preço no começo deste ano, mas segurou a medida a pedido da presidente Dilma Rousseff para ajudar a conter a inflação. O governo do Estado fez o mesmo com trens e metrô.

Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress