Em Manaus os consumidores reclamam da interrupção dos serviços básicos: energia elétrica, água, telefone e internet. As empresas de água, telefone e internet atribuem a maior parte de seus problemas à falta de energia.
A Águas do Amazonas alega que todas as vezes que cai o fornecimento de energia elétrica em área onde estão localizadas bombas, como nas elevatórias e nos poços, é inevitável o desligamento. E daí interrompe o fornecimento, também, da água. A empresa colocou, inclusive, na Internet uma tabela com as paralizações por conta da falta de energia. Vide www.aguasdoamazonas.com.br, no ícone Situação dos Poços. Em fevereiro foram quase trezentas interrupções.
As empresas de telefonia fixa e celulares também culpam a falta de energia.
Faltando ou não faltando energia, os serviços de Internet já são ruins mesmo, mas é óbvio que sem energia não funcionam. Aliás, o vereador Marcelo Ramos tem sido incansável na luta pela melhora dos serviços de Internet.
A energia elétrica é responsabilidade da Manaus Energia, empresa estatal, vinte anos sem investimentos significativos na rede de distribuição, durante muito tempo feudo de indicações políticas e o que é pior, de loteamento de cargos. Um diretor, indicado por um grupo, não falava com o outro porque indicado por um outro grupo. Será que é possível administrar uma empresa nessas condições, em que os diretores não falam entre si? Resultado: Manaus vive tendo queda de energia.
No ano passado, para acabar com a briga entre os afilhados, a Ministra Dilma Roussef atropelou a todos, fundiu a empresa com outras, transferiu a administração para o Rio de Janeiro e deixou no comando um único diretor, Dr. Flávio Decat, indicado por ela e de sua mais absoluta confiança. E mais que isso: com carta branca. E nessas condições anunciou altos investimentos no setor. No entanto, os resultados só acontecerão, a médio prazo.
A realidade é que todos e todas são responsáveis.
Não adianta transferir culpas, mas encontrar caminhos que levem à solução. A sugestão que fica é a de que todos os envolvidos nesses assuntos — ANATEL, ANEL, ANA, ARSAM, MANASUS ENERGIA, ÁGUAS DO AMAZONAS, OPERADORAS DE TELEFONIA E INTERNET — sejam convidadas por autoridades locais no sentido de ver onde a coisa pega mesmo e resolver.
Um jogar culpa no outro, não resolve.