José Serra, candidato à Presidência da República do PSDB, partido que integro, esteve este fim de semana no Festival de Parintins. Visitou camarotes, cumprimentou pessoas, encantou-se com as apresentações e sinalizou o quanto tem estudado sobre o Amazonas, ao falar, entre outras coisas, da importância estratégica de se construir aeroporto e porto modernos em Manaus.
Entre uma toada e outra, José Serra feriu a questão do contingenciamento de recursos da Suframa pelo Governo Federal. São, hoje, cerca de R$ 800 milhões arrecadados junto às indústrias de Manaus e trancados no Tesouro Nacional, para formação do chamado superávit primário. Não há, seguramente, nenhum Estado brasileiro que possa se dar ao luxo de perder recursos dessa monta. E o Amazonas, que padece tanto da falta de poder de investimento, tem perdido, ao longo dos quase oito anos do governo atual, essa dinheirama toda.
O Polo Industrial de Manaus gera receita para os amazonenses através de impostos, como o estadual ICMS ou mesmo o federal Imposto de Renda, no qual o Amazonas é o campeão disparado do Norte. Um dos itens mais importantes nesta cesta de arrecadação é o constituído, justamente, pelas taxas da Suframa, que resultam nesse expressivo montante de R$ 800 milhões.
Serra afirmou, com todas as letras, que vai descontingenciar esse dinheiro, ou seja, retirá-lo do tesouro, acabar com o confisco anual que o Banco Central tem feito e devolver o que a quantia representa em poder de investimento para o Amazonas.
De minha parte, agradeço ao modo gentil e carinhoso com que o povo parintinense, a começar pelo prefeito Bi Garcia, acolheu o candidato de meu partido. Serra conheceu ainda melhor o prefeito, coordenador estadual da campanha dele, e o prestígio que desfruta junto àquele povo.
Caprichoso e Garantido, confirmando as expectativas, melhoram a cada ano, criando surpresas que tornam a festa da Ilha Tupinambarana imperdível. Vou lá todos os anos, com ou sem campanha política.
Aconteceu com José Serra o mesmo que outros amigos experimentaram, diante da profusão que surge na arena, em cada bumbá, após o toque do tambor, e do burburinho que se forma nos bastidores, nos camarotes, nas arquibancadas, com a explosão de cores se manifestando também entre as torcidas.
O Festival de Parintins tem sido ponto de passagem obrigatória dos presidenciáveis. Serra fez questão de manter a visita de sexta-feira, apesar do momento decisivo de escolha do seu vice, quando sua presença em São Paulo é muito importante. E enfatizou novamente a decisão de perenizar os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, quando chegar ao Palácio do Planalto. Isso vai ao encontro de um anseio amazonense, mas, sobretudo, atende aos interesses mundiais em torno da Floresta Amazônica, cuja preservação é, em grande parte, resultado da ocupação da mão de obra cabocla nas indústrias de Manaus.
Preservar a floresta é uma unanimidade internacional. Serra, com sua experiência administrativa e o aprofundamento na realidade amazonense, entendeu perfeitamente a ligação que existe entre a manutenção desse patrimônio e os incentivos que o Brasil oferece às indústrias aqui localizadas.
Obrigado, Parintins.
* Arthur Virgílio Neto é líder do PSDB no Senado.
Esse senador debocha da gente. como ministro do planejamento ao qual a zona franca de manaus era subordinada, Serra acabou com a zona franca de manaus.
Os tucanos estão tão carentes de voto que fazem sacrificio indo a parintins: o que não faz o poder.
Serafim você sabe uma embaixada ou consulado onde o senador Arthur Virgilo neto serviu como diplomate de carreira?
Qual o período que ele cursou o Instituto Rio Branco?
Espero que ninguém acredite nessa. Obrigado Sr. Arthur, mas seria melhor não ter falado nada.