O deputado Serafim Corrêa (PSB) repudiou, na manhã desta quarta-feira, 11, a postura do presidente Jair Bolsonaro de comemorar a suspensão dos estudos da vacina Coronavac pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A motivação, segundo a agência, foi a morte de um dos voluntários dos testes, mas a perícia constatou que a causa do óbito foi suicídio.
“O mundo inteiro corre atrás de vacinas. O Brasil tem várias frentes, seja com a vacina de Oxford, vacina chinesa ou vacina Russa. Um desses institutos que está empenhado na descoberta dessa vacina é o Instituto Butantan que fez um acordo de colaboração técnica e científica com a Coronavac, que é uma empresa chinesa. Na sequência dos testes, uma das pessoas que foi vacina veio a óbito. Foi a óbito porque se suicidou e não porque teve efeito colateral da vacina. Para minha tristeza, enquanto brasileiro, o presidente da República comemorou e mandou a Anvisa interditar a pesquisa”, lamentou.
Para Serafim, a postura do presidente vai na contramão do que o mundo inteiro quer: a cura para a Covid-19.
“Ele [Bolsonaro] comemorou o suposto insucesso da vacina por uma disputa política com o governador de São Paulo João Doria. É irracional que o futuro do país esteja sendo colocado na mão de dois homens que estão em busca de votos e vaidade, o que não vai levar a cura da Covid-19. Cura da Covid-19 depende de vacina. Só vamos combater a Covid-19 com a vacina, que depende da ciência. Vamos deixar a ciência agir normalmente”, disse o deputado.
Ainda segundo Serafim, é indigno de uma pessoa que ocupa a cadeira da presidência da República comemorar a morte de alguém.
“Indigno comemorar que a vacina tenha dado errado e não deu errado. Comemorar a morte de alguém não é digno de uma pessoa que ocupa o cargo de presidente da República. Lamento que se estejam politizando e querendo tirar dividendos políticos de coisas que a ciência deveria cuidar. Inacreditável que estejamos voltando há 100 anos na guerra da vacina, no princípio do século XX. Meu repúdio a essa posição do presidente da República”, concluiu.