A ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado) realizou nesta quinta-feira, 5, uma sessão especial em homenagem aos 70 anos da Escola de Enfermagem da Ufam (Universidade Federal do Amazonas).
A proposta é do deputado Serafim Corrêa (PSB). De acordo com o parlamentar, essa era uma homenagem feita tradicionalmente pelo deputado federal José Ricardo, no período em que esteve como deputado estadual.
“Ele (José Ricardo) conversou comigo e me pediu para levar avante a homenagem e faço isso com muita satisfação. A Escola de Enfermagem de Manaus era uma escola federal que foi agregada à Ufam somente no final dos anos 90 e o objetivo foi exatamente aprimorar o curso, agregá-lo a outros cursos da área da saúde. E a Ufam tem sido um celeiro de formação de grande profissionais, de grandes enfermeiros, médicos, farmacêuticos, bioquímicos e é justa a homenagem que se faz a criação e aos 70 anos da Escola de Enfermagem”, disse Serafim.
A Escola de Enfermagem de Manaus, destaca Serafim, foi a primeira da região Norte, contribuindo para a formação de profissionais qualificados para prestação do cuidado de enfermagem à população do Amazonas, bem como a consolidação e defesa do SUS (Sistema Único de Saúde).
O deputado federal José Ricardo (PT), que participou da sessão especial, defendeu a necessidade de valorização dos enfermeiros e enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem.
“(Os enfermeiros) enfrentam dificuldades na profissão. Carga horária pesada, baixos salários, falta estrutura de trabalho e muitos ficam doentes. É necessário concurso público. Os terceirizados recebem pouco e seus salários sempre estão atrasados, causando muitos prejuízos aos trabalhadores. Nos últimos anos, o Estado contratou muitos profissionais pela terceirização, mas com salários muito baixos. É necessário valorizar, cuidar melhor de quem cuida da gente quando precisamos nos hospitais”, disse José Ricardo.
O parlamentar lembrou que está apoiando a luta pelo piso salarial da categoria e a jornada semanal de 30 horas, uma pauta que está em tramitação no Congresso Nacional.
Diretor da Escola de Enfermagem da Ufam e presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn/Amazonas), Esron Soares Carvalho Rocha, recebeu uma placa de reconhecimento. Rocha agradeceu pela homenagem e afirmou que a Escola de Enfermagem, ao longo desses 70 anos de atuação, se mantém firme no propósito de formar profissionais qualificados e humanizados.
“A gente entende que essa homenagem é bastante importante na conjuntura atual, porque a educação e a política não podem estar afastadas. Esse é um espaço privilegiado para que a Escola de Enfermagem possa se mostrar e ser homenageada pela contribuição social que tem dado na formação dos trabalhadores da saúde desse estado. Ao longo desses 70 anos, a Escola de Enfermagem tenta responder a altura dos interesses político, social e ético da inserção do profissional no mercado de trabalho. Um profissional esse que seja qualificado e humanizado”, avaliou Esron.
Na ocasião, dez enfermeiros receberam certificados pelos relevantes serviços prestados à área, são eles: Maria de Fátima Ferreira Farias, Margarida Campos dos Santos, Nair Chase da Silva, David Lopes Neto, Esron Soares de Carvalho Rocha, Karoline da Costa Silva, Ilse Sodré da Motta, Adriano Souto Passos, Aimée de Queiroz Carvalho e Maria da Consolação Queiroz da Silva.
“Recebemos essa homenagem com muita alegria, pois é o reconhecimento do trabalho que a Escola tem feito no estado do Amazonas. Esse é um reconhecimento para os alunos, para o corpo docente e para os técnicos administrativos”, declarou a ex-diretora da Escola e professora Nair Chase da Silva.
História
A história da Escola de Enfermagem de Manaus teve início em 2 de dezembro de 1949, no âmbito da Superintendência do Plano Nacional de Valorização da Amazônia (SPVEA) e mantida pela Fundação Serviço Especial de Saúde Pública pelos 42 anos seguintes.
A partir de 1991, passou compor a estrutura da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), onde ficou até 1997. No dia 27 de agosto daquele mesmo ano, a Escola foi incorporada à estrutura da então Universidade do Amazonas, migrando do Ministério da Saúde para o Ministério da Educação (MEC).
O nome, no entanto, não foi modificado, mantendo-se a tradicional nomenclatura.