O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) propôs nesta quinta-feira, 28, ao governador do Estado e aos 62 prefeitos, durante sessão da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas), que haja diálogo com o Instituto Butantan para a compra emergencial e direta de imunizantes para o Amazonas.
“A saída para o mundo todo é a vacinação. O mundo já vacinou 80 milhões de habitantes, mas isso é menos do que 1%, falta ainda vacinar 99% da nossa população. O Butantan e a Fiocruz conseguiram produzir vacinas e, por uma série de questões, que ocorreram anteriormente, o Brasil ainda não conseguiu, talvez porque perdeu a hora certa de fazer o negócio. Não conseguiu vacinas na quantidade em que precisamos”, alertou Serafim.
O parlamentar destacou que o país necessita da compra de 330 milhões de doses de vacinas, no mínimo, para imunização da população, mas que há apenas 12 milhões de vacinas disponíveis contra a Covid-19.
“O Butantan fez um contrato de 46 milhões de doses da Coronavac para entregar ao governo federal o plano nacional de imunização. Mas ele tem condições de produzir mais 54 milhões de vacinas. Para isso é preciso assinar o contrato agora. Não adianta ele trazer a matéria prima, produzir a vacina e não ter para quem vender. O que vai acontecer é que ele vai vender para países vizinhos que querem comprar”, disse o deputado.
Após a garantia do STF (Supremo Tribunal Federal) aos governadores e prefeitos para o direito a importação de vacinas, a compra de imunizantes produzidos no território nacional é facilitada.
“Quero fazer um apelo para que a gente dê um basta nesta guerra de egos, de vaidades, de um lado o governador João Dória, de outro o presidente da República Jair Bolsonaro. Isso não faz bem para o povo. A vida do povo é mais importante que a vaidade e o ego de cada um. Quero dizer ao governador do Estado, prefeito de Manaus e demais prefeitos que essa é a hora de falar com o Butantan e dizer que tem a disposição de comprar 500 mil, 1 milhão de vacinas, não sei… É preciso comprar uma quantidade de tal forma que essa vacina fique no Brasil”, concluiu.