O deputado Serafim Corrêa (PSB) fez um apelo à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), nesta terça-feira, 26, para que a Casa seja protagonista da discussão da reforma da Previdência Social, que vai impactar diretamente a vida de milhares de brasileiros.
“Faço um apelo à Mesa para que liberem o processo de discussão da Reforma da Previdência. Isso é algo que interessa a todos nós, mas principalmente às gerações futuras”, defendeu do deputado.
Serafim também disse que é preciso que os debates comecem a ocorrer a nível nacional para que a Reforma da Previdência possa ser aprofundada.
“Quem já está aposentado, a Reforma não prejudica. Mas quem ainda não está e aqueles que faltam pouco tempo para se aposentar poderão ter problemas. O que vejo é que a Reforma foi proposta com alguns bodes na sala. O benefício de prestação continuada, que foi alterado, vai gerar uma grande “convulsão”. Imagino que isso foi colocado na discussão para ser tirado depois. É preciso que os debates comecem a ocorrer a nível de Congresso Nacional para que possamos entender o que o governo quer. Até hoje, ele jogou um monte de coisa dizendo: Ou é isso ou o Brasil quebra. E não é assim que as coisas são conduzidas”, explicou.
O líder do PSB na ALE-AM também comentou a necessidade de uma condução coerente no Congresso Nacional para a aprovação de matérias importantes, como a Reforma da Presidência.
“Depois, a nível de parlamento, o governo está sem pilha. Ele tem um líder que não consegue falar com o presidente da Câmara dos Deputados. Isso não existe. O governo vai ter que refluir, buscar pessoas experientes, que saibam acompanhar o dia a dia do parlamento e que saibam encaminhar soluções. Na Câmara dos Deputados foi designado alguém que não tem a menor expressão. O problema agora está nas mãos do parlamento e ele quem vai decidir o destino dos brasileiros. É preciso saber conduzir as coisas sobre pena de jogar tudo sobre água abaixo”, disse Serafim.
Transparência
Serafim também pediu para que o parlamento e o governo do Estado tenham mais transparência nas contas públicas, conforme a lei nº 12.527.
“Peço para que tenhamos a mais absoluta transparência, que não faz mal a ninguém. Vamos abrir os pagamentos de todos, até para que não pareça que isso é contrário a “A, B ou C”. A transparência não faz mal a ninguém. É algo essencial previsto em lei. É um dos princípios da administração do Estado. Se disponibilizarmos na internet todos os pagamentos feitos pelo Estado nos últimos cinco anos – em ordem decrescente, em ordem por empresa e em ordem alfabética – o cidadão saberá o que recebeu do estado. Isso é jogar luz em algo que sempre foi muito cavernoso”, explicou Serafim.
Texto: Luana Dávila
Foto: Marcelo Araújo