Um encontro realizado na sede do Ministério Público Federal em Manaus, na tarde desta segunda, 21, reuniu diversos segmentos da sociedade para tratar da situação da BR-319, que liga Manaus até Porto Velho, em Rondônia. O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB-AM) participou do Fórum, aberto pelo procurador do MPF-AM/RR, Rafael Rocha.
Durante o evento, dois painéis foram apresentados. Um deles, mostrava o potencial para desmatamento em novas fronteiras amazônicas e foi explanado pelo pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Philip Fearnside. Também houve o lançamento de um livro sobre a BR-319, organizado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (IDESAM).
Para o deputado Serafim, todo o contexto histórico da BR-319 deve ser levado em consideração antes de qualquer análise. “Temos que contemplar a história antes de fazer qualquer análise. Porque os moradores que vivem na estrada na possuem saúde e educação? Não possuem porque são 500 anos de abandono do estado brasileiro em relação ao antigo Grão-Pará e Rio Negro. O Brasil não era o Brasil. O Brasil de outras regiões, e o Grão-Pará e o Rio Negro, que é a Amazônia, e só começaram a fazer parte do nosso país logo depois da independência. E ainda continuamos sendo dois países após inúmeros acontecimentos históricos que atrasaram nosso desenvolvimento, até hoje. Mas daí, a BR que era toda asfaltada, ficou 10 anos sem manutenção e aconteceu o que todos sabemos. Após o fechamento da estrada só se voltou a falar nela em 2004. A BR não precisa de licença porque ela já existe. Esse tipo de discussão é importante para superar essa fase de licenciamento que se arrasta há muitos anos. Temos que viabilizar a BR-319 em nome do desenvolvimento da nossa região”, disse Serafim