Na noite desta terça-feira, 15 de agosto de 2016, o deputado Serafim Corrêa participou do XV Fórum de Economia da Amazônia, realizado pela Centro de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). Serafim abordou o tema “A Crise e os Novos Paradigmas para o Desenvolvimento”. Ele foi recebido pela diretoria da instituição e coordenação do curso. Para explicar a crise atual, ele fez uma retrospectiva histórica da economia mundial, começando pela queda do muro de Berlim, passando pelo fim da Guerra Fria, a criação da União Europeia, até a globalização.
Também abordou a questão do corporativismo e da burocracia, que dificultam o crescimento de alguns setores. “Cito como exemplo o aeroporto Eduardinho. Quem vem do interior para embarcar em um novo voo, é obrigado a pegar um táxi para ir até o terminal principal no Eduardo Gomes. Ora, esse passageiro deveria desembarcar no aeroporto grande. Ele tem capacidade para isso. O Eduardinho poderia se transformar em um centro cultural, uma praça de alimentação, algo do tipo. Isso não é feito, entre outros motivos, por que a atitude vai de encontro aos interesses de quem ganha com esse retrocesso”, falou.
Sobre as mudanças de comportamento econômico, Serafim também citou o avanço do Uber. “A exemplo dos sites de compras, como o OLX, que quebraram os classificados dos principais jornais do país, o Uber veio pra ficar. O mundo muda, os padrões de consumo também. É inevitável”, completou.
Falando para uma auditório lotado de estudantes e professores do curso de Ciências Econômicas, o deputado foi bastante questionado. Uma das perguntas dizia respeito ao atual quadro da Zona Franca de Manaus e se em breve o modelo teria a mesma pujança dos velhos tempos. “Sem querer ser pessimista, acredito que não. O que pode acontecer é a oferta de empregos de maior qualidade. Porém, a quantidade de vagas de trabalho deve estagnar”, disse.
