Serafim Corrêa diz que BR-319 está sendo alvo da burocracia

O deputado Serafim Corrêa (PSB) discursou sobre a importância da trafegabilidade na BR-319 para a quebra do isolamento e a logística do transporte de produtos perecíveis, que exigem rápida distribuição. O assunto foi abordado durante o Pequeno Expediente na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira (3).

“Um operador de logística conversou comigo sobre a questão da logística do transporte fluvial e rodoviário e me disse que o transporte rodoviário não tem como competir com o fluvial. Ele deu o exemplo do combustível. Se você tiver 3 milhões de litros de combustível para levar de Manaus para Porto Velho e ,se levar pelo rio, serão necessários uma balsa, um empurrador, e seis marujos, levando seis dias para a chegada dessa balsa. Essa mesma balsa que leva 3 milhões de litros de combustível consome 20 mil litros de diesel para levar esses 3 milhões de litros de combustível. Se isso for feito pela estrada, serão necessárias 100 carretas, por tanto, ao  invés de seis marujos, serão necessários 100 motoristas, e 100 mil litros de diesel serão consumidos, no lugar de 20 mil. Os custos são desproporcionalmente a favor do transporte fluvial”, explicou Serafim.

“Os beneficiários com o transporte rodoviário são os consumidores de peixe, carne, laticínios, de frutas e verduras que o Estado de Rondônia produz em abundância, mas, ao mandar esses produtos por balsa, isso demora seis dias para chegar até aqui (Manaus). É óbvio que um tomate ou um alface passando seis dias no transporte vai se deteriorar. Diferentemente se sair e chegar no mesmo dia. A BR-319 está sendo alvo do ataque da burocracia, de pessoas que, até por uma questão ideológica, não querem que a estrada saia.  Os 400 km do meio da estrada devem ser considerados uma Estrada Parque. Ali não pode ter nenhuma atividade, a não ser a dos postos de combustíveis. A estrada deve ser policiada por dois Batalhões Ambientais: um no Careiro Castanho e outro em Humaitá. As Forças Armadas Brasileiras têm 32 mil homens na Amazônia. Se colocar 100 homens em Humaitá e 100 no Castanho, 10 veículos na estrada e mais um helicóptero, a BR-319 estará guarnecida e nos tirará do isolamento”, finalizou.

 

Texto: Assessoria do Deputado