O deputado Serafim Corrêa (PSB) voltou a falar sobre a necessidade da transparência das prefeituras em divulgarem o que fizeram com os valores repassados pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) aos professores.
“Levantei a diferença do reajuste do Fundeb referente ao ano de 2016, que entrou em julho e falei sobre a necessidade que os municípios gastem no mínimo 60%, seja com data-base ou outros vencimentos, com professores que estão em sala de aula. A grande realidade é que entraram R$ 530 milhões nos cofres públicos, sejam 236 milhões do governo do Estado e 294 milhões nas prefeituras da capital e do interior. Com todo esse dinheiro que entrou, vi que todo mundo ficou calado. Identifiquei esses valores a partir de um levantamento que faço todos os meses, analisei isso, mostrei as tabelas, planilhas e isso terminou provocando muita celeuma”, explicou o deputado.
Durante seu pronunciamento na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quinta-feira, 28, o líder do PSB mostrou que nesse 4° bimestre, nenhum dos 62 municípios do Amazonas lançou esses números no portal do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
“Meu gabinete começou a receber telefonemas, mensagens nas redes sociais e pelo meu aplicativo manifestações do interior do Estado sobre o Fundeb. Então resolvi fazer uma explanação sobre a atual realidade, direcionada pelo Facebook. Exemplo disso foi o de uma professora de Urucará informando também que o benefício não chegou ao município. Houve indignação por parte dos professores e com toda razão. A repercussão maior foi em Manaus, onde a prefeitura disse que tudo está transparente, deu o link, mas se entrarmos no site do FNDE veremos que não há informações”, concluiu Serafim.
Texto: Luana Dávila