Adoeci!
Ao contabilizar o nefasto ano de 2013, as informações que chegaram ao Professor Paulo Rabello de Castro, para escrever o seu sensacional livro “O MITO DO GOVERNO GRÁTIS”, foram estarrecedoras. Fui até a FIEAM para perguntar ao Ministro da Fazenda, Dr. Henrique Meireles, os números da folhona nos dias atuais. E perguntaria verbalizando como dado a página 114 do referido livro. À época, o Professor Paulo Rabello de Castro ainda não era o Presidente do BNDES. Vou repetir o que está no livro:
“Ao final de 2013, já eram contados aproximadamente 60 milhões de beneficiários de contracheques do governo federal. Essa “folhona” de pagamentos, na expressão bem-humorada e correta do economista Roberto Macedo, outro veterano especialista na análise das finanças públicas da prolongada crise fiscal brasileira, revela-nos a efetiva extensão do governo grátis…”
O Dr. Henrique Meireles fez uma explanação perfunctória da situação. Perfunctória é a expressão usada pelo grande amazonense Bernardo Cabral, que dá a sensação de ser de uma profundidade abissal e que, na realidade, é uma coisa superficial. E coloque superficial e ultrapassada nesses dados.
Falava na macroeconomia e quando ia falar no PIB, deslizava para outro assunto em que também não se alongava e passava para o Dr. Rachid, da Receita Federal, que não falou uma só palavra e foi bastante aplaudido. O Dr. Rachid deve ter saído escandalizado de Manaus. Ele está com uma espada de dois metros, amoladíssima, sobre o pescoço da Zona Franca e dos produtos dos refrigerantes, e foi aplaudidíssimo. Deve ter pensado: É uma terra de malucos, que aplaudem fiscal com sentença de morte sobre as suas vidas. Depois daquela o Dr. Rachid vai dizer à sua equipe alguma coisa do tipo … desmontem essa bomba que aqueles índios estão em outro mundo e jamais poderão viver sem aquela malfadada Zona.
E o ministro continuou a explanação do óbvio e daquilo que assistimos todos os dias pela tv.
A uma plateia repleta de economistas, a coisa só ficou clara quando um estudante de economia, muito estudado, perguntou se ele estava ali começando uma campanha para a presidência da república. A saída do ministro foi dizer que até março estaria pensando e trabalhando pelo Brasil na trincheira onde se encontrava. De abril em diante, o cenário político seria outro e ele poderia pensar em uma candidatura à presidência da república.
O indivíduo adoentado que aqui escreve, entrou em estado pré-comatoso quando o Ministro encerrou a sua palestra, nada prometendo ao povo de Manaus, e sendo aplaudido de pé pelos presentes. Faleci. Aqueles argumentos não resistem ao primeiro carão do Lula. O governo continuará sem candidato com o Lula fazendo campanha há quatro anos. É um país de loucos e que deverá se valer do super ministro Sergio Moro, que acabou com a expectativa crescente da indústria da corrupção e das malas guardadas em apartamentos. O Brasil sobrevive graças às ações do Dr. Sergio Moro, que de uma forma ou de outra, anestesia a ação dos piratas armados de Brasília.
O nosso governador Amazonino Mendes, deve ter ficado amuado, por causa do tamanho da visita e do que ficou bem claro e oferecido ao público presente. O governador consertou algumas coisas sobre o começo da Zona Franca e fechou a cara para um pífio comportamento da autoridade ministerial. Os economistas de Brasília dizem que o Dr. Henrique Meireles entende muito de bancos e muito pouco de finanças públicas.
Que coisa lastimável!
Roberto Caminha Filho, economista, operado dos dois joelhos, deitou-se na confortável poltrona e presenciou a pior palestra da sua vida.