Rosalia apela à OEA em favor do povo venezuelano

Por Osíris Silva:

A ex-presidente e ex-vice presidente constitucional da República do Equador, Rosalia Arteaga Serrano, também presidente da Fundación FIDAL, de Quito, e membro do Conselho Diretor da Associação Panamazônia, de Manaus, AM, em carta dirigida nesta quinta-feira, 2, ao Secretário Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro Lemes, expressou seu pleno “de acordo sobre a invocação da carta democrática da OEA em relação ao que está ocorrendo no país irmão Venezuela”.

Arteaga afirma no documento haver comprovado pessoalmente, em recente visita ao país, “a situação na qual se debatem milhões de venezuelanas envoltos no que se poderia qualificar como uma crie humanitária dada a escassez de alimentos, de bens de primeira necessidade e também de medicamentos”.

Afirma ainda ao Secretário Geral da OEA: “Testemunhei as grandes filas em cidades como Caracas, Barquisimeto e sua área de influência, assim como as prateleiras vazias nos supermercados e farmácias. Conversei com muitos venezuelanos e pude, portanto, sentir de perto a real dimensão da tragédia nacional”.

Por fim, Rosalia Artega Serrano afirma concordar “com o posicionamento do Secretário Geral da OEA “de que a saída democrática para a crise consiste em apoiar o referendo para o afastamento do atual governo”.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, convocou na terça-feira, 31 de maio, uma “sessão urgente” do Conselho Permanente da instituição para discutir a situação na Venezuela, invocando a Carta Democrática Interamericana.

A iniciativa, segundo o Portal G1, provocou uma forte reação de Nicolás Maduro, que disse que Almagro deveria enrolar e enfiar a Carta “onde caiba”. Atitudes como esta, na verdade comprovam o provável estado de demência mental do “ditador” venezuelano a tal ponto de o levar a idolatrar imagens de seu mentor Hugo Chavez saídas do além.

Almagro, segundo o Portal G1, em um relatório de 132 páginas dirigido ao presidente do Conselho, o argentino Juan José Arcuri, pede uma sessão entre 10 e 20 de junho dedicada à “alteração da ordem constitucional” na Venezuela e como se afeta gravemente “a ordem democrática” neste país.

O Secretário Geral da OEA baseou o pedido de uma sessão urgente do Conselho Permanente no artigo 20 da Carta Democrática, que concede ao secretário-geral autoridade para convocar reuniões imediatas para “realizar uma apreciação coletiva e adotar as decisões que considerar conveniente”.

De acordo com esta Carta, o Conselho Permanente pode dispor, com a aprovação da maioria dos 34 países membros, a realização de gestões diplomáticas para “promover a normalização da institucionalidade democrática”.

Louvável, portanto, em todos os sentidos a iniciativa da ex-presidente constitucional do Equador, Rosalia Arteaga Serrano. Os países e os povos livres latino-americanos aguardam uma solução favorável nesse sentido por parte da OEA.

Como assistimos diariamente nos telejornais da TV brasileira é dramática a situação do povo venezuelano, submetido a atroz sofrimento graças ao desvario de um governo que se perdeu no fanatismo ideológico de uma fictícia “ditadura bolivariana”, por meio da qual busca, insanamente, manter-se no poder qualquer custo.

Manaus, 3 de junho de 2016.