HÁ QUASE um mês estamos assistindo, no golfo do México, ao pior desastre ambiental da história recente. A explosão da plataforma de petróleo da empresa British Petroleum (BP), que matou 11 pessoas, vem despejando quantidade incalculável -á se fala em 800 mil barris diários- de óleo cru e tóxico no oceano. E não se consegue conter o derrame.
O golfo do México é habitat de milhares de espécies, como a baleia cachalote, tartarugas marinhas e o atum azul, em extinção. Nessa área, a indústria pesqueira arrecada bilhões de dólares por ano. Só o Estado de Louisiana abriga 40% dos pântanos e mangues norte-americanos.
Mesmo com o pagamento de indenizações, as perdas em biodiversidade e os prejuízos econômicos e sociais são irreparáveis. Repete-se, aumentado, o pesadelo de 40 anos atrás, no Alasca, quando o naufrágio do navio Exxon Valdez derramou 250 mil barris de petróleo numa área particularmente sensível. Em casos como esses, é impossível quantificar o dano e recuperar de forma adequada os ecossistemas.
As petrolíferas têm intensificado a exploração de petróleo em águas profundas, o que requer altíssimos investimentos e capacidade tecnológica. Que, mais uma vez, se mostram insuficientes. Os riscos não foram efetivamente considerados, como constatou o presidente Barack Obama ao criticar a licença ambiental concedida à BP.
Ao mesmo tempo, o Congresso americano se prepara para revisar a legislação e tornar as medidas de segurança mais severas.
O Brasil tem que prestar enorme atenção a tudo isso, nesses tempos de expectativas pela exploração dos megacampos da camada de pré-sal. E é preciso que a sociedade tenha conhecimento não só dos benefícios mas também dos riscos dessa exploração, para que exija os cuidados preventivos necessários.
A discussão da partilha dos royalties e o desafio tecnológico que se coloca para a Petrobras são inseparáveis das providências de proteção ambiental.
É hora de pensar no licenciamento ambiental não como estorvo, como muitos fazem, mas como instrumento de defesa dos interesses da sociedade e do planeta. Esse mesmo licenciamento, tão atacado, desqualificado e negligenciado por setores do próprio governo, é a garantia para calcular riscos e prevenir ou minimizar acidentes.
Menosprezá-lo, tentar irresponsavelmente transformá-lo em ficção ou jogar para o futuro uma promessa mistificadora de que a tecnologia tudo resolverá pode causar danos irreparáveis.
Adotar o princípio da precaução, por outro lado, é, hoje em dia, um seguro inescapável para o desenvolvimento. Que o diga Obama.
Sarafa,
Por favor ouve as gravaçoes que estão na Rádio do Blog da Floresta. Veja como algumas autoridades da secretaria de Fazenda se comportam. Uma vergonha! O pior é que ninguém consegue muito espaço para denunciar esse estado de coisas. Vi que aquele blog já postou quase 6 matérias e fez até uma enquete denunciando denunciando o estado de coisas, mas ninguém toma uma providência. Ouça, por favor, e ajude os Fazendários divulgando.
Um abraço e sucesso.
existe no mundo em que vivemos pessoas que acreditam em palavras e atitudes,eu sempre acreditei em vc serafim. desde 1990 acreditei em uma pessoa era vc . simto-me traido quando pensei que realmente tinhamos uma pessoa correta e digna para fazer frente aos donos do estado, nunca desde de que virei eleitor votei em pessoas incorretas como gilberto,amazonino,alfredo, eduardo , omar e outros do mesmo saco de farinha , quando achei que seria a hora da virada vc trai a quem sempre acreditou em vc. simto muinto vc perdeu um grande do povo, pois em todos lugares que sempre andei em nossa cidade sempre defendi vc . seja feliz c/ seu novo aliado de momento , cuidado ele pode lhe trair a qualquer momento , ele vem de um meio que não e o seu , vc fez por manaus o que nenhum fez em apenas tres anos , como o primeiro viaduto de verdade , e outras realizacões que merecem destaque vc nao precisava de uma mà companhia agora. que deus te ilumine.
juarez mousse abinader
Ninguém em sã consciência quer despejar milhares de barris de petróleo por dia no mar. Medidas devem ser feitas e pelo o que me parece já estão contendo parcialmente o derramamento do liquido negro.
Setores como o da pesca serão afetados e a eles devem ser dado todo aparato tecnológico e econômico para amenizar as perdas. Infelizmente é o preço que acontece de tempos em tempos destruindo o ecossistema.
É o preço do avanço do capitalismo que coloca para cima o PIB dos países e comida na mesa de milhares de outras pessoas.