Estive hoje na abertura da reunião dos nove governadores da AMAZÔNIA LEGAL. Todos muito objetivos e consistentes em suas falas. A manifestação do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B-MA), reconhecidamente competente e experiente, seja como jurista (foi Juiz Federal por 12 anos, pediu demissão e foi ser político, o que lhe permite uma visão ampla do estado brasileiro) ou como político (deputado federal em vários mandatos, presidente da EMBRATUR e agora governador), no entanto, chamou-me a atenção pela clareza em apontar inversões de competências e as travas que estão parando o Brasil.
Destaco no primeiro caso o que falou sobre o TCU, órgão auxiliar do Congresso Nacional, portanto, dentro da estrutura do Poder Legislativo, mas que agora, segundo ele, se arvora a ser o STF no caso das chamadas “pedaladas fiscais”. Por mais ilustres que sejam os seus membros, e eles o são, o TCU é apenas, única e tão somente, um órgão auxiliar do Congresso. Nada, além disso.
Quanto as travas, falou da Lei das Licitações, a famosa Lei nº 8.666, a quem chamou de “besta fera”, por conta do nº 666 e os licenciamentos ambiental e arqueológico que hoje paralisam literalmente a administração pública brasileira.
A realidade traçada por ele é uma constatação em todos os estados brasileiros e não apenas no Maranhão. Para sair mais rapidamente da crise, o Brasil precisa de entendimento, conversa e diálogo, mas, sobretudo de racionalidade.
Hoje falta-nos tudo isso e sobra-nos conflito, conflagração e irracionalidade.
Reuniões de governadores, eles que estão no olho do furacão, são importantes momentos de troca de experiências, mas principalmente de união em torno de agenda comum e da busca de soluções.
É nessa direção, ao que percebi, que caminham os governadores da Amazônia Legal, independente de cores partidárias.