Os maiores partidos estão costurando a reforma política, mas só conseguem um ponto de entendimento entre todos os dezenove que têm representação política no Congresso: uma janela em setembro próximo para que os descontentes mudem de partido. Todos pensam que vão ganhar. É mais certo que todos ganharão e perderão. Uns mais, outros menos.
Outros dois pontos – voto em lista e financiamento público das campanhas – unem cinco partidos: PT, PMDB, DEM, PC do B e boa parte do PSDB, mas sofrem grande resistência dos demais.
O problema do voto em lista é que ele acaba com as coligações e mais da metade do Congresso foi eleito através delas. Nos bastidores há uma costura para superar esse ponto. Funcionaria assim: os partidos poderiam coligar, os votos seriam nas legendas e as vagas seriam proporcionais aos votos em cada legenda. Se tal ocorrer, é possível, diria até mesmo provável, que esses dois pontos entrem em vigor já nas próximas eleições.
O voto em lista contribui para a dificuldade de renovação do parlamento.