Por Marcelo Ramos
Um trabalhador trabalha o mês inteiro para receber seu salário. Todo trabalho exige sacrifícios, mas chegando o final do mês vem o salário, pouco ou muito, justo ou injusto, é o trabalhador quem decide como vai gastar cada centavo pago em troca do suor do seu rosto e dos calos de suas mãos.
Agora, vamos imaginar os mais de 3 milhões de amazonenses como um só trabalhador. São milhões de mãos machucadas e rios de suor para no final do mês receber um salário de R$ 11,3 BILHÕES. É! O Orçamento do Estado nada mais é que o salário pago ao conjunto dos amazonenses por um ano de trabalho duro.
Somos nós, com o nosso trabalho, com a compra do arroz e do feijão, com o pagamento da conta de água e energia, que arrecadamos o que chamam de Orçamento do Estado, como já disse, previsto em R$ 11,3 BILHÕES para 2012.
Acontece que, diferente do trabalhador que decide como gastar seu salário – quanto aplicar na educação dos filhos, no vestuário, no lazer da família – o Governo do Estado não dá aos amazonenses o direito de decidir e nem mesmo de opinar sobre como gastar os R$ 11,3 bilhões arrecadados com o seu suor.
A ausência de espaços democráticos de discursão do Orçamento do Estado afasta o povo da decisão de como gastar o seu dinheiro e cria situações absolutamente estapafúrdias. Será um burocrata que não sabe onde fica Itamarati, ou Ipixuna, ou Anori, ou Novo Aripuanã nem no mapa que vai decidir quais serão as prioridades dos investimentos do Estado nesses municípios.
Dia 20.12 (terça) o Orçamento/2012 deve ser votado na ALE, apresentei emendas para pagar a Lei dos Subsídios da PM, o escalonamento da Polícia Civil, para convocar os concursados das UPA’s, para a instalação de uma UTI Pediátrica no CECON, para a construção e manutenção do Hospital do Sangue no HEMOAM, entre outras, mas, por ordem do Governador, todas devem ser vergonhosamente derrubadas.
Era hora do povo lotar a galeria da ALE (20.12, terça, 9h) pra saber quem é quem entre os deputados.