Do Blog do Magno:
Eduardo está certíssimo em entrar na disputa presidencial já em 2014. É o governador mais popular do País, está presente na mídia, tem ganchos, não pode deixar o cavalo passar e não montar. Alguns teóricos petistas acham que ele deveria esperar 2018, porque agora seria a vez de Dilma.
Ora, o governador não nasceu ontem em política. Ele sabe que nunca terá o apoio do PT. Se agora é Dilma, 2018 o PT arranja outro nome. E já tem até fila: Lula, Fernando Haddad, Mercadante, Marta e vai por aí afora!
Falando português claro, o candidato de Lula em 2018 é Haddad, hoje, de longe, o seu maior e fiel cão de guarda, em quem confia cegamente, mais do que em Dilma. Eduardo, portanto, está excluído desta fila.
Como todo político que sonha em governar o seu País, o que ele tem que fazer é justamente o que está fazendo: por o seu nome em discussão. Há quem reconhece que ele está certo, mas comete o pecado mortal de manter o PSB, seu partido, com cargos no Governo.
Haverá o momento para este desmame, que pode até ser antecipado em função da virulência do programa eleitoral de quinta-feira passada. Mas este rompimento é uma via de mão dupla ou os mesmos açodados que pregam a entrega dos cargos esquecem que o PT também detém uma fatia na gestão socialista em Pernambuco?
Paradoxalmente, Eduardo esmagou o PT no Recife, “roubou-lhe” a Prefeitura, mas petistas juramentados, como Isaltino Nascimento, não largam o osso. Cai, assim, por terra o discurso do PT de que Eduardo está sendo incoerente.
Se a coerência cobrada vale apenas para o governador, o PT deveria também já ter devolvido os cargos no Estado, em caráter irreversível, após as eleições municipais. E não o fez, embora o partido já tenha assumido, tanto aqui quanto no plano nacional, que terá candidato próprio a governador.
Comentário meu: É bom o PT não esquecer que pau que bate em Chico, também bate em Francisco.