O Programa Pró-Amazônia: Biodiversidade e Sustentabilidade tem por objetivo estimular no país a realização de projetos de pesquisa e apoio em diversos campos do conhecimento, tais como agroecologia, água e recursos hídricos, biotecnologia, engenharias, fármacos, recursos pesqueiros, recursos (produtos) naturais, saúde, segurança alimentar e sustentabilidade dos núcleos urbanos. Para tal serão utilizados recursos humanos e de infraestrutura disponíveis em diferentes instituições de sorte a possibilitar a produção de pesquisa e inovação associadas à iniciação à pesquisa e formação de doutores, bem como o apoio à realização de estágio pós-doc.
A “Operação Traíra”, levada a cabo pelo Comando de Fronteira do Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS) tem por finalidade realizar combate a ilícitos (contrabando, narcotráfico, pirataria ambiental, mineração e extração de madeira ilegais) na faixa de fronteira oeste do Amazonas. Segundo o general Theophilo Gaspar Oliveira, “a ilegalidade jurídica das atividades desenvolvidas em garimpos clandestinos, na prática de extração ilegal de madeira, no tráfico de drogas, na biopirataria, dentre outras, é responsável pelo aumento da criminalidade na região”.
Com vistas a proceder avaliação de ambas operações in-loco, o Comando Militar da Amazônia (CMA), de 6 a 8 do mês em curso organizou comitiva para inspeção às áreas onde a Operação está se desenvolvendo. O grupo foi constituído por pesquisadores do INPA, FIOCRUZ e do Instituto de Biologia Ambiental da UFRJ, além de jornalistas e cinegrafistas da Rede Brasil, TV A Crítica, TV Bandeirante e AmazonSat.
Em vista das teses desenvolvidas no livro PAN AMAZÔNIA, Visão Histórica, Perspectivas de Integração e Crescimento, do qual sou organizador e autor junto com o pesquisador Alfredo Homma, da Embrapa Amazônia Oriental, sede Belém, recebi convite do general Theophilo para integrar o grupo. A premissa da integração econômica, geopolítica e cultural reside, fundamentalmente, no inter-relacionamento de ações concretas que levem em conta a eficiência e objetividade da estrutura do trinômio ensino-pesquisa-extensão na região. O coração do desenvolvimento.
A agenda de trabalho do CMA incluiu visitas ao Instituto SINCHI (o INPA da Colômbia) e UNAL (Universidade Nacional da Colômbia) /sede Amazônia, em Letícia. O objetivo é o de viabilizar no menor espaço de tempo, em bases sólidas, a integração de nossa universidade e pesquisa com seus congêneres na tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru) tendo em vista dar sustentabilidade científica, logística e operacional ao programa PRO AMAZÔNIA.
Paralelamente, e em suporte ao programa, a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) planeja a realização de cursos para formação de professores de língua portuguesa para alunos do ensino básico, num primeiro momento, e, posteriormente aos das universidades colombianas e peruanas. Nessa linha, com vistas a promover efetiva contribuição ao esforço governamental de promover a definitiva integração fronteiriça com os países irmãos, a Universidade Estadual do Amazonas igualmente está planejando realizar curso de Especialização em Geopolítica para os oficiais do 8º Batalhão de Fronteira, que contará com a apoio da equipe do professor Carlos Zárate, da UNAL. O professor Roberto Faria, coordenador de assuntos internacionais da UEA, em Tabatinga, virá brevemente a Manaus para fechar com a Reitoria a programação final do curso.
Na quarta-feira pela manhã tomei parte da primeira reunião de coordenação dessas programações transfronteiriças com foco no PRO AMAZÔNIA. O grupo de trabalho estava integrado pelo general Antonio Maxwell Eufrásio, comandante da 12ª Região Militar, representando o CMA; o pesquisador Carlos Bueno, coordenador de Extensão do INPA, os professores da UEA Carlos Roberto Faria, Fred Spinoza, Luiz Felipe Lacerda, Maria Del Pilar Diaz, Iatiçara Oliveira e Cristina Carvalho, além dos representantes do Instituto SINCHI, pesquisadores Luis Eduardo Muñoz e Diana Carolina Gerrero,