A decisão do Governo de zerar o IPI dos carros populares foi importante para evitar demissões na indústria automobilística. Só que, como o Governo Federal deu o que não era só dele, mas também de Estados e Municípios, o que provocou queda nos repasses de FPM e FPE, governadores e principalmente prefeitos fizeram barulho.
Dia 31, terça-feira, termina o prazo desse incentivo.
A indústria automobilística quer mais três meses e os prefeitos não querem que a prorrogação aconteça.
Os ministros responsáveis pela decisão querem a prorrogação. Caberá ao Presidente Lula a palavra final, o que deve ocorrer nesta segunda feira, dia 30.
Valor Econômico
Governo nega, mas vai prorrogar isenção de IPI
Se atender a seus ministros, que já formaram consenso em torno da medida, o presidente Lula vai prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos industrializados (PI) na venda de automóveis, a partir do dia 31 de março, por mais três meses. Até a semana que vem, porém, os ministros estão orientados a negar a decisão sobre a medida. A preocupação do governo é não prejudicar as vendas, especialmente no fim de semana, quando as montadoras planejam realizar “feirões” de veículos em o todo Brasil.
Segundo um assessor de Lula, o governo já imaginava ser necessário estender o prazo quando adotou a medida. As previsões mais otimistas apontavam uma recuperação da economia só no segundo semestre, o que indicava que seria necessário manter o estímulo às vendas do setor até esse período, pelo menos.
A notícia de que o governo cogitava ampliar o prazo do benefício teve efeitos negativos sobre as estatísticas de vendas levadas pela indústria a Brasília e os ministros combinaram negar enfaticamente qualquer extensão de prazo até a oficialização da medida.
Os ministros mencionam o impacto da redução do imposto sobre a arrecadação, em um momento delicado para as finanças públicas. Mas já se avalia, no governo, que o resultado de fevereiro, quando a arrecadação com o IPI de automóveis caiu quase 90% em relação a igual mês do ano anterior, se deveu à desova de estoques, com recálculo do IPI, fato que não se repetirá nos próximos meses, quando as vendas serão retomadas com base na produção de veículos novos.
Apesar de acreditar na eficiência do mecanismo como instrumento contra a desaceleração econômica, o governo não cogita estender a medida para outros setores. Entre os defensores do incentivo exclusivamente ao setor automotivo argumenta-se que a cadeia produtiva automobilística é bastante organizada e fácil de fiscalizar.
Assim é fácil, fácil, tira da boca dos estados e ainda faz pose de preocupado com os empregos -.-
Duvido que se tirasse algum imposto que vá somente para a União, se isso ia ter apoio do governo federal. Claro, ele necessita de uma “grana preta” pra fazer o PAC pra eleger a Dilminha.
Nova frase: “Até tú lula?”