Via Blog do Mário Adolfo
55 quilômetros de Natal, no Rio Grande do Norte, o município Maxaranguape, é um paraíso ecológico governado por uma amazonense de Manaus: Luis Eduardo Bento da Silva (PSD), filho do português Antônio e dona Quelé, fundadores do histórico restaurante Calçada Alta, no Centro de Manaus.
Empresário, Luiz Eduardo nunca pensou em um dia entrar na vida pública, até que resolveu aceitar ao chamamento dos amigos e empresários do município. Foi eleito pela coligação Reconstruir Maxaranguape, numa aliança de partidos formada pelo PSD / PR / PMB / PSDB / PC do B / SD / PRB / PPS. Eduardo disputou a eleição em segundo turno, contra o candidato Marinho Saturnino (PMDB), e acabou eleito.
A relação de seu Luiz Eduardo com o município de Maxaranguape é uma história bonita. Ele foi visitar o interior de Natal e se apaixonou pela região, se mudando para lá há 20 anos. Primeiro montou uma barraca na praia, depois comprou uma jangada para passeios turísticos e hoje tem uma pousada. Em poucos tempos, o filho do seu Antônio português se transformou no líder do turismo na região.
O município é um cartão postal no Rio Grande do Norte
Um dos cartões postais de Maxaranguape é a famosa praia de Maracajaú, excelente para mergulho, cercada por dunas, coqueirais e lagoas. A pequena vila de pescadores conta com aproximadamente 2 mil habitantes. A grande atração desta praia é o banco de corais de águas cristalinas e rica em peixes coralinos, local apropriado para a prática do mergulho. Esse banco de corais que fica a 7 quilômetros da praia é chamado pelos locais de Parrachos. Mergulhar nos bancos de corais de Maracajaú é contemplar um dos mais belos cenários marinhos do mundo.
O prefeito Luz Eduardo conversou com o Blog do Mário Adolfo. Veja a entrevista:
Blog do Mário Adolfo – O que levou um empresário, que nasceu em Manaus, de repente entrar na política e se eleger prefeito de uma cidade tão distante?
Luiz Eduardo, prefeito de Maxaranguape (RN) – Não há boa política, a que visa o bem comum, sem um claro compromisso com princípios e valores. O político sem valores, sem convicções enraizadas, jamais poderá bem representar o povo. Ele sempre colocará os próprios interesses na frente do bem comum. Essa é a base da minha formação e do desejo de ajudar Maxaranguape, uma cidade que me adotou, a crescer e se desenvolver.
BMA – Como administrar um município pequeno, num país em que até os grandes centros enfrentam dificuldades?
Luiz Eduardo — A grande crise que abateu o país só será vencida pela união de todos os cidadãos em torno do resgate da ética, da moral e do valor do trabalho para governar bem. A mesma crise moral e econômica se abateu em nossa cidade e hoje é entrave para o seu desenvolvimento. O reino da ineficiência, das obras paradas, dos péssimos serviços públicos municipais, do marasmo econômico e do desemprego desolador precisa de um fim.
Ele virou político ao aceitar convite dos amigos e empresários do município
BMA – Como o senhor pretende mudar esse quadro, pela vontade política?
Luiz Eduardo –Sim. Uma nova geração de políticos realmente sem os vícios da velha política, fadada à extinção, precisará tomar as rédeas da cidade. É isso que estamos fazendo aqui. Usando criatividade e criando alternativas econômicas, como o investimento no turismo, para mudar os rumos de Maxaranguape.
BMA – Qual o perfil de sua administração e do, agora politico, Luz Eduardo?
Luiz Eduado – Estamos realizando uma gestão municipal mais pródiga em transparência e eficiência e no trato do dinheiro público deverá ser aplicada. A tarefa não é fácil. Mas, com a correta aplicação dos recursos, esforço para economizar o dinheiro do povo, atenção voltada à qualidade e à efetividade dos serviços públicos e ao atendimento da demanda dos cidadãos, governar deverá ser gratificante e útil para o desenvolvimento de Maxaranguape. Sobretudo, o bom governante ouve as pessoas; é sensível aos problemas da coletividade. Sabe que não se governa só; isolado. Sabe que o apoio de cada um dos nossos 12 mil habitantes, de cada distrito, de cada assentamento, dos nossos 131 quilômetros quadrados vale ouro.
