A discussão entre o Governo e o PPS sobre a caderneta de poupança caminha para um final feliz no qual os dois lados estarão certos. É a história do copo meio cheio ou meio vazio. Os dois têm razão.
Como assim?
O PPS, através do deputado federal Raul Juggman acusou o Governo de fazer com a poupança o mesmo que o ex-Presidente Collor fez. O Governo reagiu dizendo que não iria mexer na poupança.
O problema é que a SELIC não pode baixar mais porque senão o rendimento da rolagem da dívida do Governo fica menor do que a poupança. E para evitar isso só tem um caminho: diminuir o rendimento da poupança.
O Banco Central parece ter encontrado o meio termo. Os atuais rendimentos da poupança serão mantidos apenas até um determinado valor por CPF. Para os acima desse valor, além do rendimento menor, haverá imposto de renda e com isso o resultado final será menor do que o da SELIC.
Com isso, protege o pequeno poupador e a rolagem da dívida. Por exemplo: em hipótese, quem tiver aplicações até R$500.000,00 fica com os atuais rendimentos. Acima disso, se ficar na poupança perde.
E assim os dois lados terão razão. O PPS porque disse que iam mexer e realmente mexeram e o Governo porque protegeu o pequeno poupador.
Eu defendo a idéia de um Fundo de Renda Fixa Federal. Isso mesmo, parece esquisita a idéia mas o Governo poderia captar via BC ou algum outro Banco Credenciado com uma tx de administração pequena.
De um lado viabilizaria a rolagem, já que o Fundo seria lastreado em títulos públicos federais e de outro lado o investidor.
O lastro deve ser de títulos com cupom baseado no IPCA.
Desculpa Serafim, mas nesse episódio não há como aceitar que o PPS está correto. Mexer na poupança, COMO O COLLOR FEZ, é bloquear a poupança.
Foi uma atitude covarde e desastrosa do PPS e do seu Deputado Federal, partidário do “quanto pior, melhor”.