Os dois técnicos de enfermagens acusados de estupro contra uma moça de 22 anos durante um parto cesariana na Maternidade Moura Tapajós, Zona Oeste, no dia 2 de julho deste ano, não foram indiciados pelo crime, segundo informou o delegado Demetrius Queiroz, titular do 8º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
O inquérito policial foi enviado quinta-feira (10) para a Delegacia Geral, de onde seguirá para a Justiça. De acordo com o delegado, não houve provas que colocassem os profissionais da saúde em situação de crime de estupro. Segundo Queiroz, aproximadamente 15 funcionários foram ouvidos, entre eles toda a equipe médica que realizou o parto no dia do fato.
Queiroz explicou que em todos os depoimentos, funcionários explicaram os procedimentos durante o parto, o que ficou claro que os técnicos fizeram apenas os serviços à eles atribuídos e todos na companhia do pai, um mototaxista de 25 anos, que foi quem denunciou o caso à Polícia Civil.
“A sala de parto é muito clara e não tem como alguém passar despercebido. Os técnicos, na investigação, são os profissionais que trazem a paciente para a sala e na companhia do pai, então tudo foi feito na frente dele, não tinha como se confundir”, explicou.
Demetrius informou ainda que o mototaxista pode responder por denunciação caluniosa. O advogado dos técnicos, Andrews Martins, confirmou o processo por calúnia, difamação e denunciação caluniosa.