Por Marcelo Ramos:
Adail para Salam: “Cadê os periquitos?” .
Adriano Salam para Adail: “Estão lá na casa”.
Adail para Adriano: “ Adriano, porra”.
Adriano responde: “ Que foi ?”.
Adail : “ Meu irmão, cadê as mulheres porra?”
Adriano: “ O senhor disse só no final da tarde, o senhor não pode fazer muito isso, o coração pode pifar”.
Adail: “ coração uma porra, vai dizer isso para o meu p… para ver se ele entende.”
Adriano. “Eu não”.
Adail: “Meu parceiro, eu estou porre, porre, porre”.
Não! Eu não inventei esse diálogo! Ele foi extraído das transcrições das escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal na Operação Voraz.
Lendo esse diálogo, fica difícil acreditar na conversa do advogado de Adail que garantiu ao Fantástico que seu cliente é inocente – como se eticamente coubesse ao advogado condenar ou absolver o seu cliente – que tudo não passa de armação dos seus opositores.
No entanto, o mais impressionante nesse caso, fora é claro a compulsão sexual por crianças, é a rede de proteção que se forma em torno desse homem. São políticos, membros do Judiciário, e até setores da imprensa, todos unidos por preservar o mandato e a liberdade de Adail Pinheiro.
Os advogados podem até justificar sua proteção sob uma ética profissional desvirtuada que justifica o recebimento de honorários, ainda que fruto de corrupção, já que o salário de prefeito certamente não paga os honorários cobrados e que se saiba ou declare Adail não tem outra profissão que lhe garanta renda lícita fora da política.
Mas e os outros? Por que protegem Adail Pinheiro? O que faz políticos de alta patente bajularem um homem que a Polícia Federal acusa de corrupção e pedofilia? O que faz setores da imprensa calarem ou até defenderem alguém acusado de crimes tão graves?
São perguntas com respostas na alma de cada homem e mulher de bem.
Adail é um covarde porque comete crimes contra crianças e ameaças pessoas humildes que não podem se defender. Tão covarde quanto ele são todos que de alguma forma o protegem. São cúmplices por ação ou omissão de todos os crimes cometidos por ele.
