PEC DA MÚSICA não acaba com a pirataria, nem vai baixar preço de CD e DVD.

Os artistas estão comemorando a PEC DA MÚSICA, emenda constitucional que, para fabricação de CD e DVD, estende os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus para todo Brasil.

Acreditam que com isso acabam com a pirataria e baixarão os preços dos CD e DVD.

Todo respeito pelos artistas, mas não vai acontecer nem uma coisa, nem outra.

Por algumas razões, mas a primeira delas é o avanço da Internet. Hoje é muito mais simples baixar músicas pela web, de graça ou pagando, do que comprar um CD e/ou DVD.

Depois os custos de produção da China ou de um “pirateiro” são baixíssimos e impossível concorrer, mesmo com todas as isenções.

Acresça-se a isso a cultura do “coitadinho” que remete para a falta de compromisso das autoridades que deveriam combater a pirataria em ter uma ação efetiva.

Relembro que em 2007 por iniciativa da “Força Sindical” foi realizada uma reunião do CAS da SUFRAMA de repúdio à pirataria e um ato simbólico em frente à autarquia de destruição de Cd e DVD piratas. Para tal pediram à Prefeitura um rolo e o estoque apreendido. Na hora aprazada apenas a Prefeitura tinha estoque de apreensões. Os demais – Polícia Federal, a quem cabe combater o crime de direitos autorais, Receita Federal, Polícia Civil e Polícia Militar – não registravam nenhuma apreensão. Ou seja, o combate simplesmente não existe.

As empresas locais, principalmente a gigante do setor, a Videolar, do Lírio Parisoto, versão moderna do senador Gilberto Miranda, que produzem CD e DVD, já há algum tempo vem diversificando a produção, exatamente por não conseguirem concorrer com os chineses, muito menos com os “pirateiros”.

Vamos aguardar e ver o que acontece.