O líder do PSB na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), deputado Serafim Corrêa, disse estar perplexo com a confusão feita pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que trocou as remessas de vacinas contra a Covid-19 enviadas aos estados do Amazonas e Amapá na quarta-feira, 24.
Conforme o planejamento feito pelo Ministério da Saúde, o Amazonas, que vive colapso em seu sistema de saúde com a explosão de casos do novo coronavírus, receberia 78 mil doses do imunizante de Oxford, mas chegaram apenas 2 mil. Essa quantidade era para ter sido enviada ao Amapá. Durante a madrugada desta quinta-feira, 25, a confusão foi desfeita, e o governo do Amazonas recebeu uma remessa com 76 mil doses do imunizante, totalizando as 78 mil doses prometidas pelo ministro.
“Eu fico perplexo com isso tudo e rogo a Deus que ilumine os homens e a racionalidade volte a presidir seus atos. Pazuello é especialista em logística, imagine se ele fosse especialista em economia ou em direito. Nós estamos aqui batendo cabeça dizendo que a única arma que temos é a vacina e o MS todo atrapalhado na logística que é exatamente a especialidade do ministro Pazuello”, disse Serafim.
A declaração do parlamentar sobre o episódio foi dada durante discurso na sessão plenária desta quinta-feira, 25, na ALE-AM. De acordo com o governo estadual, as 78 mil doses de vacinas serão destinadas para o grupo prioritário entre 60 e 69 anos de idade.
O deputado, durante o discurso, destacou reportagem da Veja publicada nesta quinta que mostra que a imunização em massa com a vacina da Pfizer, desenvolvida em parceria com a BioNTech, é capaz de reduzir em 94% os casos sintomáticos de Covid-19, de acordo com estudo realizado em Israel, com 1,2 milhão de pessoas. Israel já aplicou 7,6 milhões de doses da vacina contra Covid-19 e o Brasil possui dado semelhante: 7,7 milhões.
De acordo com a matéria, quando o assunto é taxa de vacinação, Israel é o líder do ranking mundial de países com maior taxa de vacinação com 84,78 doses a cada 100 habitantes. Já o Brasil está na 46ª posição.
“Torço para que a gente possa retomar e acelerar a vacinação, porque como vimos, lá em Israel 94% dos casos foram reduzidos, o que significa dizer que se no Brasil avançarmos com a imunização teremos outra realidade”, concluiu Serafim.