Marina Silva é determinada, corajosa e tem ideias claras. Podemos não concordar com elas, e eu não concordo com algumas, mas ela sabe o que quer e paga os preços por isso. O Brasil está precisando muito de políticos com esse perfil. Hoje somos vítimas da crise que tem origem na presidente Dilma que fez o inverso do que dizia. Ganhou a eleição, mas perdeu a credibilidade. Como diz a Marina, ganhou, perdendo.
Marina dedicou sua vida ao PT, mas, divergiu dos caminhos seguidos, saiu pela porta da frente e foi tentar fundar um partido ambientalista. Não estou discutindo se é certo ou errado, mas isso é algo que nos nossos dias e no Brasil tem que estar na ordem do dia.
Sua primeira tentativa foi frustrada pela ação de forças ocultas, mas ela não desistiu. Fez a travessia, filiando-se ao PSB, provisoriamente, num memorável acordo com o nosso saudoso Eduardo Campos. O destino nos tirou o grande líder, mas não os seus sonhos. E ela assumiu o comando, disputou as eleições, alertou o Brasil para a crise, foi vítima da mais mentirosa e desleal campanha que se tem notícia. Perdeu, mas perdeu ganhando, pois o que disse, aconteceu.
Na última terça-feira, o TSE por unanimidade deferiu o registro da REDE SUSTENTABILIDADE, o partido que defende as ideias ambientalistas, as mesmas que Marina, sempre às claras, defendeu. Apoiei essa iniciativa desde o primeiro momento, mas fraternalmente disse-lhe que continuaria onde estou há quase trinta anos, ou seja, no PSB. E ela me respondeu com um abraço. Essa é a doce Marina, a quem desejo todo o sucesso nessa sua nova caminhada.
