Visando o fortalecimento das relações comerciais entre o estado do Pará e a República de Taiwan, localizada no sudeste asiático, a Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) realizou, na quinta-feira, 5, em parceria com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa), que sediou o evento, o seminário “Oportunidades de Negócios – parceria, mercado e investimentos entre Pará e Taiwan”, com ênfase no estabelecimento de sólidos relacionamentos comerciais e atração de investimentos.
A pauta abrange também a organização de missões comerciais, inclusive com subsídios de viagens oferecidas pela Taiwan Trade Center (Taitra), beneficiando empresas e startups focadas em setores como energia fotovoltaica, cidades inteligentes, indústria 4.0, agricultura 4.0, economia circular, AIoT (Inteligência Artificial e Internet das Coisas), dentre outros. De acordo com autoridades do governo paraense, os resultados alcançados superam todas as expectativas.
Os números falam por si. Em 2019, o volume de importações e exportações totalizou US$ 288 milhões entre os dois parceiros. Do total exportado para Taiwan predominam minério de ferro, cobre, óxidos de alumínio, caulim, soja triturada, manganês e carne bovina. As importações paraenses constituem-se principalmente de hidróxido de sódio (soda cáustica), cloreto de potássio para uso como fertilizante e pneus de veículos e máquinas para a construção civil, mineração e manutenção industrial.
Ações voltadas ao estabelecimento de vetores de aproximação com a república asiática são de alta prioridade para o governo paraense. Ocupando o quinto lugar entre os estados brasileiros que mais exportaram, o Pará precisa incrementar exponencialmente seu comércio internacional. Com efeito, o Estado fechou o ano de 2019 com exportações que bateram a casa dos US$ 16,2 bilhões ao longo do período, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O número representa 77,4% do faturamento total do Pólo Industrial de Manaus (PIM) no ano passado, que, segundo a Suframa, alcançou US$ 20,92 bilhões.
Outra agenda de alta prioridade vem sendo cumprida pelo governo paraense. A saber: o governador Helder Barbalho assinou, no dia 18 de fevereiro passado, dois importantes documentos que, além do mercado internacional, reforçam o compromisso do Estado com o desenvolvimento sustentável e a manutenção da floresta em pé. O primeiro diz respeito ao Protocolo de Intenções entre governo do Pará, Banco da Amazônia e o Instituto de Conservação do Brasil TNC – The Nature Conservancy. O segundo refere-se ao Memorando de Entendimento entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), TNC, Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal (ICRAF) e a Tropical Forest Alliance.
No tocante ao primeiro protocolo foram estabelecidas as bases de construção de parcerias e união de esforços nas ações de apoio à produção de cacau por pequenos produtores. Quanto ao segundo, o documento estabelece condições tecnológicas e financeiras para promover o desenvolvimento de baixo carbono e a preservação da biodiversidade no Pará. Fundamentalmente, a agenda busca atender à necessidade de promover a integração de ações de apoio ao programa “Amazônia Agora”, estratégia de mudança na chave econômica e modo de produção paraense.
A iniciativa pioneira do programa “Amazônia Agora”consiste em estabelecer sólido marco regulatório para avançar a agenda ambiental e climática no estado do Pará, de sorte a conciliar desenvolvimento socioeconômico com preservação ambiental. A hipótese é possibilitar ao governo estadual, segundo informes da Semas, mostrar ao mundo que o Pará, efetivamente, oferece apoio aos produtores para que se legalize e, com efeito, habilitem-se à receber assistência técnica e financeira tendo fim agregar valor às cadeias produtivas vocacionais e prioritárias do Estado.