As duas principais redes de varejo do Brasil, Pão de Açucar, da família Diniz, e Casas Bahia, da família Klein, anunciaram a fusão dos dois grupos seguindo uma tendência mundial.
O objetivo da fusão é ganhar mais na compras, poder vender mais barato no primeiro momento, diminuir a concorrencia e depois aumentar as margens de lucro.
Explico melhor. Os dois grupos isolados, por exemplo, compravam 200.000 geladeiras por ano. Juntos vão comprar 400.000. Quem compra o dobro tem um diferencial de preço e comprando por menos pode vender por menos também, enquanto que o concorrente não. Nesse momento ganha o consumidor. O problema vem no momento seguinte quando o concorrente é debilitado ou até eliminado, porque aí as margens de lucro do grande são aumentadas e até por falta de opções o consumidor termina comprando nele e por um valor mais caro.
A mão invisível do mercado corrige, dirão aqueles que entendem que o mercado por si só resolve tudo. Não é bem assim. Resolve até um ponto, mas a partir daí tem que haver a presença do estado, pela ação do controle para assegurar a concorrência, sem a qual o consumidor vira vítima indefesa.
A nova empresa estará presente em 18 estados, 337 municípios, com 1.582 lojas, 68 mil funcionários e 40 bilhões de faturamento. Será um gigante, sem dúvida.