Nosso carnaval já foi o segundo maior do Brasil, o tempo passou e por diversos fatores perdemos esse status. O excelente carnaval do passado deu lugar a um cheio de dificuldades e improvisos feito com o heroísmo de alguns que insistem em fazer um belo carnaval mesmo diante de tantas dificuldades.
Na realidade carnaval sem dinheiro é sinônimo de fracasso, e infelizmente o que vemos há anos em nossa cidade é um carnaval feito de improvisos com escolas dependentes do estado e prefeitura para poderem desfilar na avenida. Essa fórmula claramente não é a formula do sucesso.
Ao ver a reclamação do Governador Omar Aziz em relação ao fato da iniciativa privada não investir no carnaval fiquei preocupado, pois isso ocorre exatamente por conta de uma política equivocada que não trata essa festa como ela merece. Quem foi ver o carnaval nos últimos 20 anos viu na avenida do samba uma propaganda excessiva do estado e pouco ou quase nenhum espaço para inciativa privada. Hoje o estado se acha dono da festa e não quer dividí-la com ninguém, porém não oferece para as escolas a contrapartida necessária, deixando-as nas mãos de um secretario elitista e que pouco valoriza essa grande festa popular.
Se o governador deseja entender o porque da ausência da iniciativa privada nessa festa, basta que ele chame o seu secretário e solicite os mapas de mídia do sambódromo, compare o espaço que o estado teve com o da prefeitura que é uma das maiores patrocinadoras da festa. Depois disso faça o mesmo com os espaços da inciativa privada. Dessa forma o senhor verá que o carnaval, infelizmente deixou de ser atrativa para os patrocinadores exatamente pelo forma equivocada que o secretário de estado administra os espaços do sambódromo. Como homem do carnaval o governador Omar Aziz necessita fazer essa autocrítica e mudar essa relação, caso contrário, dará continuidade a uma política que fez e ainda fará muito mal para o nosso carnaval.
Até Quinta!
É Marcelo você agora não teve para onde correr, teve que ter lembranças do Carnaval e Boi na era do então morra.