Do Blog do Magno:
É dada como certo em Brasília a queda do ministro da Fazenda, Guido Mantega, tão logo a presidente Dilma regresse do périplo a China, pelo fato de estar perdendo a batalha do controle da inflação. Existe uma alta generalizada, é verdade, a começar pelo preço dos combustíveis. Aos poucos, a população percebe que o Governo fraqueja e que o dragão inflacionário bateu à sua porta.
Mas, a crise instalada no Governo não se restringe ao controle dos preços e as medidas restritivas ao crédito para frear a inflação, incluindo os juros estratosféricos. O caixa da União está vazio. Não há dinheiro para absolutamente nada. Além de cortar R$ 50 bilhões, Dilma não libera recursos para os Estados, o PAC praticamente estagnou e os servidores federais ameaçam uma greve geral após a sinalização de que terão apenas 1% de aumento.
Em meio a tamanhas dificuldades, Dilma sofre a pressão pela liberação dos recursos destinados às obras de preparação da infraestrutura dos Estados sedes da Copa do Mundo em 2014. Tudo está atrasado, inclusive as obras nos estádios e aeroportos, sinalizando de que a competição mundial de futebol pode se configurar numa grande ameaça à imagem do Brasil.
As conseqüências disso tudo Dilma não pode revelar: a gastança excessiva de Lula para elegê-la em 2010. O rombo parece grande, mas a oposição não sabe investigar a sua real extensão.
Comentário meu: Que a inflação está mostrando suas garras, todos estão vendo, agora forçar a barra para trocar o Ministro com menos de quatro meses de governo, além de não ser solução por si só, vai gerar o panico no mercado. E panico é um bom prato para o dragão da inflação. Pelo que observo, dentro da política adotada desde 2003, devemos estar preparados para uma subida dos juros SELIC na próxima reunião do COPOM. É a receita monetarista que vem sendo aplicada desde o Plano Real. É um remédio amargo e doloroso mas tem sido eficaz. Vamos aguardar.