Não dá mais para esconder: estamos vivendo um racionamento de energia elétrica em Manaus. No interior, nem se fala, é apagão mesmo.
O mais importante para resolver a questão é fazer o que tem de ser feito. No entanto, necessário se torna identificar claramente porque chegamos a este ponto.
Em primeiro lugar, e é bom dizer que isso vem de longe, algo em torno de vinte e cinco anos, pela falta de investimentos em geração e distribuição na mesma proporção do crescimento do consumo.
Em segundo lugar, pela falta de uma gestão profissional. O setor elétrico é um feudo de um grupo político que troca apoio ao Governo no Congresso por cargos. Isso, também, vem de longe, lamentavelmente.
Os jornais anunciam a presença do Ministro das Minas e Energia, Mário Zimmermann, em Manaus para inteirar-se do problema um dia após o gerente de a Amazonas Energia reconhecer que “às vezes” precisa desligar alguns setores para manter a energia em outros. Só que “às vezes” na vida real é “quase sempre”.
Só que para quem está sofrendo com os apagões, só palavras é muito pouco. Precisa de ação e no caso ação significa investimentos em geração, mas principalmente em distribuição, já que a rede tem problemas de manutenção de muito tempo.
Vamos aguardar o que ele diz, mas desde logo não vale colocar a culpa no verão amazônico, como fizeram antes, pois é óbvio que o teremos sempre.
