Iniciamos o ano com um dos debates mais importantes para o trabalhador, que é a votação do novo salário mínimo pelo Congresso Nacional.
Na próxima semana, tomam posse os novos deputados e senadores e caberá a cada um deles, no altar de sua consciência, aprovar o salário que melhor atenda às necessidades do nosso povo.
Todos os anos acontece a mesma coisa: o governo federal fala das impossibilidade de um reajuste maior por conta do rombo das contas da previdência social. Infelizmente, o cálculo do governo é sempre no sentido de conceder o menor reajuste possível. Já a oposição quer sempre um reajuste que muitas vezes se mostra impraticável.
O debate terá que ser no mais alto nível, deixando as questões partidárias de lado e oferecendo soluções e fontes de financiamento para o novo mínimo. Recentemente, o Banco Central aumentou novamente a taxa de juros do Brasil, deixando nosso país na incômoda liderança mundial em juros altos. Para que vocês possam ter uma idéia, se fosse reduzido em 1% a taxa de juros em nosso país, o salário mínimo poderia ser aumentado em cerca de 30 reais, ou seja, o governo oferta um mínimo de R$ 545,00, mas se reduzisse os juros poderia elevar esse mínimo para quase R$ 580,00. Creio que, neste momento, tanto governo quanto oposição devem rever os seus discursos manjados e finalmente entrarem em um consenso em favor do povo brasileiro.
Não podemos aceitar que, enquanto o reajuste de deputados e senadores foi de quase 65%, o salário mínimo dos trabalhadores brasileiros tenha um reajustes de aproximadamente 5%. Sem nenhuma dúvida, o salário mínimo é o melhor instrumento que temos de distribuição de riqueza e renda.
Portanto, em um país onde temos tanta riqueza concentrada, nada melhor do que reajustar de forma concreta e decente o salário mínimo para termos reduzidas as diferenças sociais no Brasil.
Até quinta!