A Prefeitura de Manaus tem um camarote no Sambódromo. Nos ensaios de Garantido e Caprichoso são destinados 25 ingressos para que a Prefeitura convide autoridades, visitantes, etc. para assistirem à festa.
Certa feita eu fui procurado por um dirigente de um partido aliado, num sábado pela manhã, dizendo que o Dr. Paulo Skaf, presidente da FIESP, estava em Manaus e tinha manifestado o desejo de ir assistir o ensaio do Garantido. De imediato, o dirigente partidário tomou a iniciativa de dizer que eu teria o maior prazer em recebê-lo no camarote da Prefeitura. O Dr. Paulo Skaf teria aceitado o convite, ele estava me procurando para comunicar o fato e pedir os ingressos para levar o dirigente da FIESP e comitiva para ver o boi vermelho.
Eu disse que não havia problema, mandei disponibilizar dez ingressos. Ele perguntou se eu ia e eu respondi que estava muito cansado. Ele insistiu, pois o anfitrião deveria estar presente. Concordei.
Cheguei por volta das 23 hs. Lá estava o dirigente partidário, a esposa, a filha, o namorado da filha, o filho, a namorada do filho, periquito, papagaio, etc. Os dez ingressos já tinham sido usados. E lá não estava o Paulo Skaf. Então, perguntei:
— Cadê o Dr. Paulo e comitiva?
— Eles tão vindo, Prefeito.
Fiquei intrigado e depois de algum tempo chamei o cerimonial e mandei que fizessem um contato com o Hotel Tropical onde o dirigente da FIESP estava hospedado. Logo depois a chefe do cerimonial me chamou fora do camarote.
“Prefeito, pelo amor de Deus, esse cara deu um golpe. Falei com o assessor do Dr. Paulo e ele não sabe de nada. Vou ligar pro senhor falar com o Dr. Paulo.”
Ligou e eu falei com o assessor e, em seguida, com o Dr. Paulo. Ele me disse que não tinha havido contato algum, que ficava honrado com o convite, mas que estava num jantar com membros da FIEAM e não poderia sair. Desculpei-me pelo mal entendido e desliguei.
Fazer o que numa hora dessas?
Resolvi tirar por menos, não sem antes ir até o dirigente partidário e perguntar mais uma vez:
— E aí, rapaz, cadê o Dr. Paulo?
Como todo bom vigarista, ele disse:
— Vou ligar pro meu contato — e saiu para um lugar com menos barulho.
Eu fiquei na minha, aguardando a volta e imaginando o que ele iria dizer.
— Prefeito, o homem passou mal e não vai poder vir.
Eu olhei pra ele da cabeça aos pés e ironizei:
— Que pena. Ele não está precisando de médico? Podemos mandar o SAMU buscá-lo.
Esse golpe virou lenda. E todas as vezes que esse dirigente chegava perto de quem sabia do fato, alguém imitava aquele personagem da televisão:
— Cuidado, lá vem o golpe!
Dirigente de um partido aliado. Legal! Fico imaginando a credibilidade de um partido que tem um dirigente desse tipo. O sujeito engana até a mãe para proporcionar privilégios para si próprio e para a família. Pena que o Prefeito não tenha chamado a segurança para colocar todos para fora do camorote. Assim, todos, mulher, filhos, agregados, gatos e papagaios pensariam duas vezes antes de aceitar sair de casa para acompanhar o ilustre dirigente partidário em qualquer evento. Deve continuar fazendo exatamente o mesmo, achando que ele é muito esperto e nós um bando de bobalhão.
Meu prefeito,
Não espero a hora de ter o seu livro lançado para que eu possa ver todos esses acontecimentos.
Pow Sarafa ! coloca o nome desse artista aí pra gente…
Grande Sarafa,
Com todo respeito ao trabalho e dedicação pelo nosso povo, mas acho que nesse Golpe, você poderia pelo menos ter solicitado aos teus assessores para averiguar tal informação. É claro, como prefeito a cabeça deve tentar solucionar milhões de problemas ao mesmo tempo….
Tento entender seu lado, como é que você iria desconfiar de um representante de um partido??? Mas é assim mesmo, vivendo e aprendendo.
Parabéns pelo blog!
O problema justamente eram esses assessores(as) “atraso de vida”.
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