O DESFLORESTAMENTO DE MANAUS

O deputado Serafim Corrêa (PSB) levou à tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quarta-feira (7), a problemática das nuvens de fumaça que se formaram   na capital.  Segundo o parlamentar, os impactos ambientais são reflexo  de 40  anos de desflorestamento.

“Nos últimos dias, não só Manaus, mas também os municípios mais próximos, estão cobertos por uma nuvem de fumaça. Temos visto e ouvido as mais diversas opiniões do que teria acontecido, mas é preciso uma  grande reflexão sobre o problema. Quando você tem um grau maior de desflorestamento, é natural que os incêndios sejam facilitados.  A natureza não sabe se defender, mas sabe se vingar. Temos uma ideia equivocada de que o progresso é cortar o mato, quando entendo que o progresso é conviver com a selva.  Por conta disso,  estamos pagando o preço porque temos tradicionalmente a cultura de queimar lixo e queimar restos de vegetação. Que cidade queremos deixar para os nossos netos e nossos bisnetos?”, questionou Serafim.

“Durante os últimos 40 anos, nós desflorestamos Manaus. Temos, atualmente, somente três fragmentos florestais: a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), o  1º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) e  as cercanias do Aeroporto Internacional de Manaus. Nossa grande joia é a Reserva Duque, que está sendo ameaçada de perder sua fauna, porque a cidade caminha para cercar naquela área, que precisa ser interligada à outra reserva, a da área de treinamento do CIGS. Por tudo isso, peço a reflexão de todos. Voltarei ao tema com sugestões sobre o assunto”, concluiu Serafim.