Pesquisa realizada pela CNM – Confederação Nacional dos Municípios mostra que a carga tributária brasileira em 2008 rompeu a barreira do trilhão. Foram arrecadados um trilhão e noventa bilhões de reais. Em relação ao PIB, o percentual passou de 36,48% em 2007 para 37,58% em 2008, um crescimento de 1,10%. Se a CPMF tivesse sido mantida teriam sido arrecadados mais 1,37% e aí a carga tributária teria chegado a 38,95%, já perto dos 40%.
De um lado, há um clamor público pela diminuição da carga tributária. De outro, há uma cobrança por mais serviços a serem prestados pelo estado brasileiro. É uma conta que não fecha nunca. No meio disso tudo a constatação de desvios, desperdícios e má gestão. Uma coisa, porém, é certa. Não será possível diminuir a carga aumentando atribuições para o estado.
Esse discurso já está desbotado. É preciso dizer com todas as letras quem é o maior responsável pela elevada carga tributária, qual o imposto de maior peso no bolso do cidadão brasileiro. Com toda certeza os Municípios não são o vilão dessa história e, ainda assim, são os mais demandados.