Durante o recesso da Assembleia Legislativa do Amapá (AL-AP) em julho de 2011, um Ato da Mesa Diretora aumentou de R$ 50 mil para R$ 100 mil a verba indenizatória dos deputados estaduais sem que a proposta fosse debatida em Plenário. O assunto foi destaque na imprensa nacional por meio de matérias como “Extravagância amazônica” da revista Época (16 de setembro de 2011) e do programa CQC da Rede Bandeirantes.
Foi justamente uma entrevista da Líder do Governo, a deputada estadual e secretária nacional da Negritude Socialista, Cristina Almeida (PSB), para o CQC, na qual ela explica que o Ato da Mesa Diretora foi feito na “calada da noite”, que serviu de pretexto para que seus pares abrissem um processo de cassação do mandato da socialista por quebra de decoro parlamentar.
Isolada na AL-AP, mas apoiada pela opinião pública amapaense e nacional, Cristina deu entrada, em agosto do ano passado, a um projeto de resolução pedindo que, por meio de debates no Plenário, a Casa reduza a verba indenizatória para R$ 30 mil.
Vale ressaltar que dos 24 deputados estaduais do Amapá, apenas seis integram, na teoria, a base do governo João Capiberibe (PSB-AP). No entanto, durante a votação do Orçamento do Estado para 2012, no final do ano passado, apenas Cristina e Agnaldo Balieiro, ambos do PSB, votaram com o governo. Resultado: a AL-AP aumentou em R$ 64 milhões o orçamento do Estado, o que tem provocado uma batalha judicial no Supremo Tribunal Federal (STF).
O que está em jogo – A tentativa de desestabilização política de Cristina ganha contornos ainda maiores pelo fato da socialista ser a mais forte pré-candidata à Prefeitura de Macapá, pontuando sempre em primeiro lugar em todas as pesquisas. A Assembleia Legislativa do Amapá sabe que a opinião pública está com ela e ainda não teve coragem de enviar o processo de cassação para a Comissão de Ética.
A reação popular, aliás, foi rápida e criou o “Movimento R$ 100 mil é uma vergonha”, o Movimento Contra a Corrupção no Amapá (MCC-AP) e uma petição eletrônica para um projeto de iniciativa popular que reduza a verba indenizatória. O PSB-Amapá também organizou, a pedido do governador Camilo Capiberibe, um comitê permanente em defesa do mandato de Cristina.
Com o reinício dos trabalhos no Congresso Nacional, a deputada federal Luíza Erundina (PSB/SP) está articulando a ida de toda a bancada federal feminina ao Amapá para uma defesa pública do mandato de Cristina. E, no início deste mês, a NS divulgou um manifesto para toda a militância socialista contrário à tentativa de cassação do mandato de Cristina.
Por tudo isso, a NS-Bahia comunica seu apoio irrestrito à deputada Cristina Almeida e se solidariza com todos que encabeçam essa luta.
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