Dar nome a uma rua é coisa séria, agora mudar nome de rua é uma coisa mais séria ainda. Imaginem que os moradores de uma rua fornecem um endereço que de repente é mudado. E o carteiro, como é que fica?
Agora, tem situações que são mais complicadas ainda.
Em 1995 eu era vereador quando faleceu o jornalista Umberto Calderaro Filho, fundador de A CRÍTICA, que no próximo dia 19 faz 60 anos. Na semana seguinte um vereador querendo homenageá-lo propôs que a avenida onde está o jornal A CRÍTICA, a TV A CRÍTICA e as rádios do grupo passassem a se chamar UMBERTO CALDERARO FILHO numa justa homenagem reconhecida por todos.
O que o vereador esqueceu foi que o nome da referida avenida é ANDRÉ ARAUJO, desembargador e político com relevantes serviços prestados ao Amazonas e pai da D. Rita, viúva de Umberto Calderaro Filho. Portanto, sogro do Calderaro. Os vereadores mais antigos foram até o vereador e pediram que ele não apresentasse o projeto. O constrangimento seria grande para a família. O normal seria dar o nome de Umberto Calderaro Filho à outra avenida, sem causar constrangimentos a ninguém. Ele que era mais novo insistiu até receber um telefonema do Dr. Platão Araújo, irmão de D. Rita, apelando que ele não apresentasse o projeto.
Anos depois com a troca de Av. Paraíba para UMBERTO CALDERARO FILHO a justa homenagem aconteceu.
Se nome de rua fosse coisa séria o Tribunal de Justiça não deixaria um ET – Extra Terrestre Teodoro fazer lei para mudá-las e ESCULHAMBAR A VIDA DE CARTEIROS E TURISTAS