Minha homenagem à Mário Diogo de Melo

O Amazonas perdeu hoje o ex-deputado Mário Diogo de Melo que já contava com mais de cem anos de idade. Vida toda dedicada ao nosso estado, mas principalmente à sua Boca do Acre.

Está sendo velado no saguão da Assembleia Legislativa.

Meus sentimentos à família.

Em sua homenagem publico o poema abaixo de autoria de sua filha – Marilza de Melo Foucher –  que reside na França:

Louvor ao tempo infinito

Para meu pai com fraternura cabocla.

Ah! Se eu pudesse parar o tempo…
O amarraria numa bela arvore,
Como símbolo perene de vida,
Nascer, viver e morrer.
Transformaria em nascer e renascer.
Todo ser humano solidário,
Em harmonia com o ser e ter,
Respeitoso da mãe-terra.
Teria o direito ao renascer.
Com intervalo para meditação.
Um tempo pra repensar os erros,
e escrever um poema-testamento,
Ao viandante inconsciente do tempo,
Amante eterno da natureza.
Menino nascido na Amazônia,
Coletor de leite seringa,
Cortador de lenha, vaqueiro.
No aconchego das arvores,
Ele buscava sombra e repouso,
O menino sonhava…
Escutando os cantos dos pássaros,
A sonoridade do sopro do vento,
Ele adorava os ruídos da floresta,
Nas asas da imaginação viajava,
Ele percorria o mundo,
E viajava pelo tempo-futuro,
Ancorado no infinito do tempo.
O menino da Amazônia
Louva a vida em tempo presente.

Marilza de Melo Foucher
Março 2009