O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), entrou nesta quarta-feira em rota de colisão com o Palácio do Planalto. O motivo foi o preenchimento de cargo na cúpula do Banco do Brasil. Apesar das promessas, o Planalto voltou atrás e não escolheu apadrinhado de Maia para BB. Sem a nomeação, o petista encerrou abruptamente ontem a sessão da Câmara e não pôs em votação o projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos Federais (Funpresp). A previsão é que a proposta seja votada apenas na próxima terça-feira, dia 14.
Maia ficou particularmente irritado com a contraproposta feita pelo governo de oferecer um cargo a seu apadrinhado no BB de Angola. Aliados confidenciaram que Maia teria considerado a proposta do governo “uma ofensa”. Numa conversa áspera pelo telefone com a ministra-chefe de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ele expressou seu descontentamento com o Planalto e o modo como era tratado pelo governo. Aborrecido, Maia desligou o telefone na cara da ministra.
Além do cargo no BB, o presidente da Câmara também estaria empenhado em conseguir nomear para uma posição na área de saúde um indicado do ex-líder do PT na Câmara Paulo Teixeira (SP).
Comentário meu: O presidente da Câmara está errado em parar a votação por ter sido contrariado na indicação de um cargo. Por outro lado, cá para nós, é uma inabilidade total oferecer um cargo em Angola para alguém que pleiteia uma diretoria no Banco do Brasil.