O anuncio de que o governo do Estado somente realizará o Projeto de Sustentabilidade na Arena da Amazônia após a Copa de 2014, foi criticado pelo deputado estadual Marcelo Ramos (PSB), durante o seu discurso no pequeno expediente, na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira e adiantou que por causa disso, está solicitando ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma nova auditoria para obter explicações sobre quais medidas serão tomadas para compensar a retirada do Projeto.
O parlamentar recordou que a Assembleia aprovou um aditivo de R$ 100 milhões para uma obra completa. “Se retiraram a parte da sustentabilidade, então é óbvio que o custo geral do projeto ficou mais barato”, avaliou.
Na opinião de Ramos, essa é mais uma das inúmeras decepções que a população tem desde o anuncio de que Manaus seria uma cidade sede da Copa do Mundo, que acontece no país, no próximo ano. Ele lembrou que quando houve a divulgação aconteceu uma grande euforia de todos, sua inclusive, afinal disseram que a cidade receberia grandes obras de infraestrutura e reordenamento urbano, entretanto, até hoje nada foi executado.
“Não há nada feito relacionado ao reordenamento estrutural e agora surge essa notícia de que o governo do Estado admitiu que não haverá tempo suficiente para que um sistema para geração de energia solar no estádio esteja pronto para o Mundial de 2014, sendo que a questão de sustentabilidade era o grande mote do projeto”, frisou, completando que isso não apenas mudou a concepção da obra, mas aumentou o custo de manutenção da Arena.
Para Ramos, a explicação do gestor da Unidade Gestora da Copa (UGP), Miguel Capobianco, de que a chuva impede a conclusão da obra,é inadmissível e, revela, no mínimo, falta de planejamento. “O que foi motivo de entusiasmo hoje é motivo de frustração e o que restará no final é uma dívida bilionária para ser paga com suor do povo do Amazonas”, analisou, completando que passou por várias cidades sedes e todas são “canteiros de obra”, enquanto em Manaus somente tem reforma no aeroporto e a construção da Arena da Amazônia, que um dia após Copa, segundo ele, não servirá para nada, a não ser para tirar fotos, mas sem nenhuma utilidade para o povo