Em coletiva realizada na tarde de hoje (24) em Brasília, os três ministros da área econômica confirmados para integrarem o governo de Dilma, Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central), falaram sobre as prioridades para os próximos anos.
O pronunciamento dos ministros foi comandado pelo deputado José Eduardo Cardozo, integrante da equipe de transição.
O primeiro a falar foi Guido Mantega que previu a manutenção do crescimento do PIB brasileiro em 5% a partir de 2011, ou seja, deverá ficar na média dos últimos quatro anos.
No discurso, Mantega também mandou um recado para o Congresso Nacional onde atualmente tramitam propostas como reajustes do salário mínimo acima de R$ 540, reajuste para o Judiciário, a PEC 300 que estabelece piso salarial para os policiais, entre outras.
“O crescimento só será sustentável se for sem desequilíbrio macroeconômico. Ou seja, um crescimento que não gere dívida pública, divida para o Estado, ou crescimento que não gere inflação. Portanto, o desenvolvimento que vamos prosseguir será apoiado na solidez fiscal. Isso significa que vamos manter a produção de superávit que permita reduzir a divida pública brasileira”, ressaltou.
Segundo ele, após a atuação do Estado realizada nos últimos anos contra a crise financeira mundial, o momento atual é de abrir espaço para investimento do setor privado.
“Temos que reduzir os gastos recuando o governo para abrir mais espaço de demanda de gastos do setor privado. Portanto, 2011 será um ano de consolidação fiscal com contenção de despesa de custeio para aumentar a poupança publica e o investimento”, explicou.
De sua parte, a futura ministra do Planejamento, Miriam Belchior, também pregou melhoria dos gastos públicos no governo de Dilma.
Entre as metas estabelecidas por Belchior está a erradicação da miséria; melhoria na qualidade da saúde e educação, combate às drogas e investimento em infraestrutura.
“Vamos reavaliar os gastos de custeio para que possamos potencializá-los”, disse.
Gasto com custeio são aquelas despesas referentes à manutenção das atividades do governo como gastos com pessoal, material de consumo e serviços de terceiros.
Já Alexandre Tombini defendeu “autonomia operacional total” para conduzir a política monetária nos próximos anos.
Segundo ele, o BC manterá três pilares: meta de inflação, prestação de contas e transparência.