Do portal@d24am.com :
Enquanto o consumo médio por pessoa no País é de 150 litros por dia, na capital amazonense são consumidos 220 litros. Na zona leste, a média chega a 600 litros diários.
Manaus – Manaus é a cidade que mais consome água comparada a outras capitais brasileiras. Enquanto os manauaras gastam diariamente, em média, 220 litros por pessoa, nos demais Estados, o consumo é de 150 litros. Na zona leste, a situação é pior. Cada usuário consome em torno de 600 litros por dia, segundo o chefe do Departamento de Fiscalização da Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos (Arsam), Jorge Garcia Caresto.
“Acredito que o maior consumo esteja relacionado ao nosso clima, quente e úmido. Mas, na zona leste, as pessoas desperdiçam mais água. Muitas vezes, isso acontece porque a água é só taxada”, disse, acrescentando que 60% da produção de água em Manaus é desperdiçada.
“As pessoas têm mania de usar a água como vassoura, escovar os dentes e deixar a torneira derramando ou deixar o chuveiro ligado enquanto passa o xampu. A falta de cuidado também segue quando vai lavar louças”, disse Caresto.
Uma das medidas para controlar o consumo de água é o uso da caixa d’água. De acordo com Caresto, este reservatório numa casa funciona como parâmetro para se ter uma base de consumo. “Com a caixa d’água, a pessoa tem como mensurar o consumo de água daquela casa. Na minha casa, quando a caixa está cheia, vou lá e fecho o registro. Isso serve para ter uma média de quantos litros consumimos”, afirmou. Existem outros fatores, segundo ele, que contribuem para o desperdício de água na capital e que, ainda, elevam o valor da conta, a exemplo do vazamento imperceptível. “O vazamento pode estar na descarga do banheiro, em alguma torneira da casa ou mesmo na boia da caixa d’água”, disse.
Caresto ensina como identificar o vazamento. “O usuário deixa aberto o registro do hidrômetro e fecha todas as torneiras da casa. Se não tiver nenhum vazamento, a ventoinha do hidrômetro irá parar de girar. Mas caso tenha, ela irá continuar rodando”, ensinou ao explicar que, neste caso, é sinal que o vazamento é na tubulação ou nas instalações prediais.
Atenção com a leitura do hidrômetro
O valor alto na conta de água em Manaus, é uma das principais reclamações na Agência Reguladora dos Serviços Públicos Concedidos (Arsam). Segundo o chefe do Departamento de Fiscalização do órgão, Jorge Garcia Caresto, o problema pode ocorrer quando o hidrômetro está danificado.
Em média, segundo Caresto, o tempo de vida útil de um hidrômetro é de cinco anos. “Neste caso, é aconselhável que o usuário solicite um funcionário da Arsam ou da Águas do Amazonas para retirar o hidrômetro e constate se realmente o registro não está funcionando”, recomendou, ressaltando que não se pode fazer esse procedimento sozinho, para não ser acusado de violar o medidor de água.
O erro de leitura feita pelo funcionário da Águas do Amazonas, também é um dos principais problemas que a Arsam identifica como cobrança indevida. “Isso é bastante comum. A medição não corresponde ao consumo”, disse.
Para fazer a leitura do hidrômetro, o usuário deve anotar os quatro números pretos, localizados na parte esquerda, de uma sequência de seis dígitos, e desprezar os números vermelhos, localizados na parte direita). Um mês depois de fazer a anotação, o usuário voltará a consultar a numeração (dos números pretos) e fazer uma conta de subtração. O resultado desta equação indicará a quantidade de metros cúbicos consumidos durante este período. Por exemplo, se na primeira leitura os quatro números pretos registrarem 0658 e, um mês depois, a nova numeração desta sequência for 0685, o usuário terá consumido: 27 metros cúbicos de água no mês.
Comentário meu: Boa a matéria do D24am e do Diário do Amazonas. Esse tema merece ser bem debatido, abordando todos os angulos da questão. Não há mais espaço para demagogia, nem para soluções milagrosas (efeito sem causa) porque simplesmente elas não existem. A solução envolve investimentos, respeito as regras, fiscalização constante e, sobretudo, cidadania no sentido de todos entendermos que os recursos hídricos são finitos.