Abro o facebook e deparo-me com um post do meu amigo Ismael Benigno reproduzindo matéria jornalística em que dirigentes das escolas de samba confrontam o Poder Público ameaçando não realizar o desfile.
A justificativa do protesto. A SEC estava cobrando R$ 235 mil por furto de energia elétrica e R$ 40 mil por furto de água nos galpões das escolas e o MPT havia determinado a retenção de 20% do repasse do Governo como garantia do pagamento de direitos dos trabalhadores que prestam serviço nos barracões.
Dizia um tal Gilberto, presidente de uma das escolas: “É um absurdo. A gente foi convidado para ir à SEC como se fosse pra receber os recursos, mas, em vez disso, a gente levou essa cobrança, que não tá nem no nome das escolas, mas no da SEC. Agora o MPT também resolveu reter R$ 52 mil de cada escola do repasse do Governo. Estamos Pasmos”.
Ah! Vá se catar senhor Gilberto! Pasmo estou eu com a cara de pau de vocês. Não prestam contas, não têm certidões negativas de débitos previdenciários e fiscais, não pagam os direitos dos seus trabalhadores, não pagam a conta de luz e nem de água dos barracões e ainda se acham no direito de chantagear!?
Olhando a patética foto dos 5 dirigentes das escolas podia ouvi-los cantando a velha marchinha dos tempos que o carnaval não era pago com dinheiro público.
“Mamãe eu quero, mamãe eu quero, mamãe eu quero MAMAR. Dá a chupeta, dá a chupeta, dá a chupeta pro bebê não chorar…”
Essa turma há anos mama e quer continuar mamando nas tetas gordas do Estado. A chupeta deles é dinheiro público. Dinheiro que falta nas escolas, nas unidades de saúde, nas iniciativas de cultura popular sérias e inclusivas.
Eu gosto de carnaval, sempre participei dos desfiles e ajudei algumas escolas. Mas chega! Todo ano o mesmo lenga-lenga e no final eles vencem com as suas chantagens.
Infelizmente, sei que, no final, o bebê vai mamar. A SEC repassará os recursos. Até porque, na falta de resultados efetivos nas políticas sociais do governo, resta garantir que o circo siga montado.