Manaus é uma cidade travada pela burocracia, pela falta de diálogo das autoridades entre si e destas com a sociedade. Tenho sido voz isolada na proposta da conversa, como regra. Sinto-me um pregador no deserto. Somos uma cidade socialmente conflagrada, e a violência é só o efeito de outras causas; economicamente travada pela burocracia; e ambientalmente equivocada. Cada um dos atores isola-se como se o mundo fosse só o seu casulo. E nesse meio, a sociedade atônita.
Dou como exemplo a maneira como o Governo federal vem tratando o que temos em termo de geração de empregos, renda e impostos. Ou seja, a Zona Franca, mais especificamente ao tratamento do MDIC à SUFRAMA.
A burocracia do PPB espanta os investidores. Para completar, desde o primeiro governo Dilma foi adotada uma política de desprezo do Governo federal inaugurada pelo ex-ministro Fernando Pimentel, hoje governador de Minas que em quatro anos esteve em Manaus apenas duas horas. Esse modelo foi seguido pelo ex-ministro Senador Armando Monteiro. Nunca veio aqui. E o CAS da SUFRAMA ficou quase onze meses sem reunir. Veio a crise, jogou 50.000 trabalhadores no desemprego, fez cair a receita estadual e provocou a maior crise que se tem notícias na prestação dos serviços públicos.
Com a entrada de o Governo Temer havia um alento, no entanto o novo Ministro Marcos Pereira anunciou duas vezes que vinha à Manaus, mas cancelou sua visita e inclusive a própria reunião do CAS. Precisamos de alento e ganhamos desprezo. O mesmo dos dois ministros anteriores.
Mais respeito com o Amazonas, senhor Ministro.