Embora a maioria dos domicílios brasileiros (87,3%) tenha abastecimento de água diário, há um grupo (5%) que recebe água de quatro a seis vezes na semana e outros 5,8% abastecidos apenas de uma a três vezes na semana.
O 1,9% restante se refere a outras frequências, segundo dados da Pnad Contínua, divulgada nesta sexta (24), com dados de 2016.
O Nordeste tem o maior percentual de domicílios em que o abastecimento é menos constante –16,3% recebem água de uma a três vezes na semana. O Sul tem a maior quantidade de lares com abastecimento diário: 98,1%.
Os dados sobre a frequência do abastecimento de água foram incluídos só nesta edição da pesquisa, por isso não há base de comparação.
No Brasil, a maioria dos domicílios é atendida pela rede geral de distribuição dos municípios. O uso de poços profundos ou artesianos está presente em 7% dos lares.
Poços rasos ou freáticos correspondem a 2,9%. Do total, 2,1% dos lares utilizam nascentes de rios para abastecimento e 2,2% são abastecidos por outras formas.
Há diferenças regionais e as regiões mais pobres têm maiores percentuais de formas artesanais de obter água.
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O Norte, por exemplo, tem o maior percentual de uso de poços profundos (20,3%), assim como poços rasos (12,7%) e nascentes (3,1%).
A rede geral de distribuição atende a maioria dos lares no Sudeste, onde 92,4% são abastecidos desta forma. É também na região o menor índice de poços artesianos (4%).
Segundo a gerente da Pnad Contínua, Maria Lucia Vieira, os dados não surpreendem quando se avalia a desigualdade entre as regiões. “O que chama atenção é que no Nordeste, a despeito do desenvolvimento da última década, ainda há 16,7% da população com frequência de abastecimento de uma a três vezes por semana”, disse.